Por Francisco Moisés
Em resposta ao artigo de Gustavo Mavie, ler aqui
Catava,
Li primeiro o seu comentario antes de ler o artigo de Gustavo Mavie. Depois de ter lido artigos por Mavie neste blog, quase ja perdi o interesse de ler os seus artigos por estes conterem discussoes unilaterais, dishonestas e insinceras e nao intelectuais. Sempre a favor da Frelimo e do Guebuza sem jamais analisar criticamente o que esta por detras da situaçao actual que se vive em Moçambique.
Ele é portanto um propagandista vivo da Frelimo. Sem vergonha e sem escrupulos, Mavie alinha Mondlane, Samora Machel, Chissano e Guebuza como politicos ideais e como diplomatas. A sua discussao peca pela falta de pesquisa e pela insinceridade visto que so repete a propaganda que lhe foi alimentado pela maquina de propaganda da Frelimo. Ele da-nos a entender que tudo se passa bem na Frelimo e nao nos recorda dos graves problemas que sempre assolaram a Frelimo tais como matanças de militantes em grande escala durante a dita guerra de libertaçao até que as matas de Cabo Delgado foram transformadas em campos de matança or KILLING FIELDS (Uria Simango, Gloomy Situation in Frelimo, Dar Es Salaam, 1969).
Sob que direcçao Cabo Delgado se tornou em campo de matanças dos lideres da Frelimo? Sob a liderança de Mondlane (Simango, Gloomy Situation in Frelimo, 1969). Ele nao disse que em 1968 Mondlane enfrentou uma revolta dentro da Frelimo que ele Mondlane e os seus apaniuados suprimiram violentamente. Que democracia foi esta do Mondlane? Obviamente, Mavie seja é dishonesto ou nao sabe por nao ter vivido aqueles tempos. A Frelimo nao relata este episodio como tambem nao relata muitos episodios que lhe sao desfavoraveis, apresentando os acontecimentos sob a luz da sua ideologia que descreve qualquer agitaçao pela liberdade e democracia como tendo sido actuaçao dos reacionarios teleguaidos pelos colonialistas e imperialistas.
Mavie nao tem vergonha nem tao pouco. Basta ver que ele apresenta Samora Machel como um dos politicos mais ideais, omitindo o facto de foi ele Samora Machel que transformou Moçambique independente num GULAG ou num grande campo de concentraçao. E que tal das detençoes em massa de moçambicanos e do seu internamento em prisoes sem julgamento e em campos de concentraçao, ditos campos de re-educaçao? E que tal dos individuos que foram morta a sangue frio -- quiemadas vivas ou enterradas vivias?
Mavie vai alem e compara Samora Machel com Luther King, Charles de Gaulle. Isto faz enjoar mesmo. Mas Mavie acerta quando comparae Samora machel com. Onde que ele aprendeu a sua historia? Ele so acerta quando compara Machel com Mao. Quando Mao dizia que para se livrar da doença alguem precisava de saber que estava doente, Mao nao se referia a doença fisica, mas a doença de ser reacionario e de se opor ao desejo do Partido Comunista chinês. Os reacionarios deviam se eliminar com balas atras das cabças.
Mao foi o maior assassino e genocidario que a historia conheceu. Mais de 64,000,000 de chineses pereceram no seus campos de re-educaçao, termo eufemistico que a Frelimo roubou da China maoista sem reconhecer copyright a Mao e a China maoista. Aquele numero das vitimas nos campos de concentraçao de Mao nao conta, o numero de milhoes que foram barbaramente assissinados ao longo do seu regime -- 2 milhoes durante a chamada Grande Revoluçao Cultural Proletariana dos fins da década de 1960.
De acordo com Mavie, os laurentinos, residentes de Lourenço Marques, fizeram manifestaçoes em favor da Frelimo. Pode ter sido isto o facto, visto que os laurentinos ainda nao conheciam o mal e a crueldade da Frelimo e bastou muito puco tempo para eles conhecerem a selvajaria da Frelimo quando num abrir e fechar de olhos depois da independencia as prisoes de Maputo onde a prisao de Machava construida por portugueses para incarcerar 500 pessoas tinham cerca de 10,000 pessoas ("Terror of Maputo Prison," The Times, Londres, 1988) e de outras vilas e cidades de Moçambique ficaram cheias e o regime da Frelimo viu-se obrigado a instituir os ditos campos de re-educaçao onde mais tarde veio a nascer a resistência contra o regime ditador e sanguinario de Samora Machel que veio depois a depender dos apoios da Rodesia e da Africa do Sul.
Mavie da-nos a entender que aqueles disturbios em Lourenço Marques foram um apoio a Frelimo e constituiram em eleiçoes que asseguraram o poder a Frelimo. Que asneria tao rata e barata! Aquilo aconteceu visto que o novo regime comunista em Portugal, aliado da Frelimo, nao deu ordens as tropas portuguesas para agirem para estabelecer a ordem que era para assegurar as vidas dos laurentinos e o bem estar das pessoas. Ele nao disse que foram as tropas portuguesas que retomaram a Radio Clube de Lourenço Marques dos manifestantes que queriam que Portual auscultasse as opinioes dos moçambicanos em vez de entregar o poder unilateralmente e sem consenso popular a Frelimo.
Vivi aquilo episodio da tomada da Radio laurentina estando em Nairobi onde escutei as transmissioes que vinham da emissora quande esteve nas maos dos rebeldes. Durante aquela revolta contra a tirania que descia sobre Moçambique ouviram-se as vozes de entre muitas outras pessoas as vozes do Simango, Gwenjere, Paulo Gumane, Manuel Lisboa Tristao.... e de obviamente alguns brancos que nem todas eram motivadas pelo desejo de querer continuar a colonisar Moçambique. As tropas portuguesas que outrora combatiam os terroristas da Frelimo passaram num abrir e fechar de olhos a ser aliados dos terroristas e ajudavam a estes a prenderem os dissidentes da Frelimo e a envia-los para Nachingwea para a humilhaçao a que se deu o nome do Julgamento de Nachingwea.
Olha que este espirito baixo chamado Mavie nao mencionou que a Frelimo nunca organisou eleiçoes que tivessem tido uma aparencia livre e transparente durante o seu poder totalitario entre 1974 e as primeiras eleiçoes nos principios dos anos de 1990 que tiveram lugar depois da guerra civil. As primeiras eleiçoes e as que se seguiram nao foram livres e transparentes como este Mavie alega que foram. Nao quiz dar credito a Renamo. As tais eleiçoes foram o resultado da luta heroica os seus combatentes contra o regime da Frelimo.
Quem antes do fim da guerra podia abrir a boca para criticar a Frelimo de Samora Machel e de Joaquim Chissano, homens que Mavie descreve como "estadistas." Samora Machel nunca se tornou mais do que aquilo que ele foi e era: um militar rudimentar e cruel que decidia e fazia tudo como militar. Depois veio a pagar caro com a sua miseravel vida pelo regime de terror e da instabilidade politica que ele e o seu regime instalaram em Moçambique. No dia em que ele morreu, Machel vinha de Mbala na Zambia onde tinha ido conferir com Kaunda para tentar ver se encontrava saida da guerra civil que assolava o seu regime e que o terror do seu regime tinha ateado em Moçambique. E isto aconteceu quando se achava em grand desespero visto que perdia a guerra que este Dhlakama, por certa ingenuidade, nao quiz levar a sua conclusao logica e depois veio a entregar tudo o que a Renamo tinha ganho numa bandeja de prata a Frelimo.
Por causa dos seus erros, agora Dhlakama encontra-se numa situaçao em que tenta remediar os efeitos dos seus erros que ele cometeu simplesmente visto que sempre tomava decisoes sem entrar em consulta e sem auscultar os pontos de vista e as opinioes dos seus sequazes na Renamo que nao queriam que se negociasse com a Frelimo, de acordo com o proprio Dhlakama falando comigo no principio de mês de Janeiro de 1989 em Sofala. Decidiu confiar no Chissano e agora esta colhendo os fruitos dos seus erros.
Porquê é que ele decidiu assinar acordos com a Frelimo deixando os serviços secretos e a policia nas maos da Frelimo? Porquê? Sera que o fez por subornos ou por ignorancia? Em qualquer pais, principlamente nas ditaduras como Moçambique, quem controla os serviços secretos e a policia controla a situaçao e torna-se mestre que pode fazer como entende com qualquer pessoa. E o que tem acontencido em Moçambique. O proprio Dhlakama permitiu que isto acontecesse.
Obviamente, Dhlakama tem cometido muitas imbecilidades que em parte emascularam ou caparam a Renamo. Mas nao sao so os erros de Dhlakama que estao na base do falta do crescimento da Renamo. A policia e os serviços secretos da Frelimo sempre actuaram contra a liberdade de acçao por oponentes da Frelimo como vemos até hoje em dia quando os apoiantes de outros partidos sao incomodados e nao permitidos actuar livremente no territorio nacional. Até as vezes a policia da Frelimo age contra s membros da oposiçao com aconteceu recentemente algures em Inhambane e em Quelimane.
Por toda a parte a Frelimo actua contra oponentes e moçambicanos que nao cantam o seu nome e glorificam. Que liberdade é esta de que Mavie fala?
E a tal liberdade de livre actuaçao nunca existiu em Moçambique mesmo durante regime de Chissano que o Mavie tenta descrever como estadista e democrata.
Como todos os propagandistas baratos e inconscientes da Frelimo, Dhlakama nao recebeu a ajuda do Ian Smith e do regime do apartheid visto que decidiu la ir para mendigar a tal ajuda para so incomodar o regime da Frelimo. Que patetice tao rata e barata! A ajuda dos rodesianos e dos sul-africanos nao constituiu a causa da guerra em Moçambique. Foi so uma oportunidade para aqueles regimes para combaterem aqueles que lhes representavam um perigo.
A causa da guerra em Moçambique foi o regime opressivo da Frelimo e os seus crimes hideondos. Obviamente, Mavie talvez nunca ouviu o que um General turco disse no século 19 quando a Turquia pediu a ajuda da Russia, a sua inimiga tradicional, quando os paises ocidentais, a França e a Gra-Bretanha, recusaram lhe dar ajuda para suprimir revoltas no Imperio turco. Aquele General disse que "um homem que se afunda pode agarrar-se a uma serpente venonosa para nao se afundar." Dhlakama e a Renamo fizeram o que qualquer pessoa e organisaçao em desespero da vida perante um inimigo cruel e carrasco com os lideres da Frelimo podiam fazer.
Mavie acusa a Renamo de ter recebido ajuda da Rodesia do Sul e da Africa do Sul, mas nao menciona o facto de que dirigentes da Frelimo, Sergio Vieira em particular como ele proprio declara no seu livro, mantinha relaçoes com os rodesianos e sul africanos. Os grandes da Frelimo viviam bem mesmo quando a aguerra devastava o pais visto que obtinham os fornecimentos de bens vitais e de géneros alimenticios para o seu sôssego e bem estar da Africa do Sul do apartheid, até que o Rand do apartheid se tornou em moeda de primeiro destaque em Moçambique, estando mesmo em frente do poderoso dolar americano, que era para os poderosos da Frelimo fazerem compras nas lojas reservadas para eles enquanto que os comuns ou o tal povo maravilhoso morria de fome e de tantas outras misérias criadas pelo regime da Frelimo.
A cooperaçao entre o regime da Frelimo e o regime do apartheid culminou num acordo de paz chamado Acordo de nao agressao e de boa vizinhança entre Moçambique e o regime do apartheid. O nome do acordo acarreta o eco dum tratado semelhante que o regime de Staline da URSS assinou com o regime nazi de Hitler, sem o regime da Frelimo e o regime do apartheid ter afixado copyright pelo nome para o regime soviético de Staline e nazi da Alemanha hitleriana.
Como resultado do tal acordo entre a Frelimo comunista e o regime do apartheid, houve divisoes na escala da liderança da Frelimo tendo Guebuza sido afastado por Samora Machel e Guebuza so veio a sobreviver na politica quando Chissano o trouxe de regresso para o seu governo depois da morte do Magarila Machel. Certos chefes do ANC que viviam em Maputo foram corridos por Machel em implementaçao do acordo de nao agressao e de boa vizinhança entre o regime da Frelimo e o regime do apartheid da Africa do Sul.
Nao interessa a Mavie falar dos crimes hideondos de Armando Guebuza nos campos de concentraçao deste e contra cidadaos indefesos. Pois, ele nao vai morder a mao que o alimenta. He is not a fool. Mavie nao é exactamente um parvo por natureza, mas faz-se de parvo para manter a sua barriga cheia e para satisfazer os seus interesses que o regime da Frelimo lhe garante.
Mas Mavie pode continuar a se enganar. O povo oprmido de Moçambique nao culpa a Dhlakama pela sua pobreza, mas sim responsabiliza o governo da Frelimo e Guebuza pela sua pobreza e opressao. Dhlakama tem e tera muitos aderentes por causa disto. É preciso que este Mavie obra os olhos e nao se faça de parvo visto que as coisas poderao mudar um belo dia e Guebuza nao estara la para lher dar o que ele quer.
Fonte: Mocambique para todos 03.11.2012
Sem comentários:
Enviar um comentário