A Grã-Bretanha suspendeu sexta-feira toda a ajuda financeira ao governo do Uganda por alegada acusação de que o dinheiro está sendo depositado nas contas bancárias dos governantes em vez de ser usado para ajudar os necessitados.
O Ministro britânico para o Desenvolvimento Internacional, Justine Greening, disse que os pagamentos, no valor de cerca de 17,6 milhões de dólares americanos que deveriam ser desembolsados antes do fim deste ano financeiro foram suspensos.
“A menos que o governo do Uganda prove que o dinheiro dos contribuintes britânicos está a ser usado para ajudar os necessitados a sair da pobreza, a ajuda vai continuar suspensa”, disse o ministério do Desenvolvimento Internacional.
“Nós vamos esperar o reembolso e sanções administrativas e criminais”, Greening, apontando que Londres concede todos os anos 27 milhões de libras de ajuda financeira a Kampala.
A Grã-Bretanha, a Dinamarca, a Irlanda e a Noruega já suspenderam ajuda financeira ao gabinete do Primeiro Ministro ugandês na sequência de alegações de que os funcionários drenaram cerca de 12,7 milhões de dólares do programa de ajuda financeira para as suas contas privadas.
O auditor geral do Uganda disse em Outubro que o dinheiro que devia ser usado para ajudar a desenvolver zonas devastadas pela guerra contra os rebeldes do Exército de Resistência do Senhor (LRA) foi roubado.
Uma dezena de funcionários foram suspensos enquanto decorrem investigações.
A Irlanda disse recentemente que o Uganda tinha prometido reembolsar quatro milhões de Euros ao governo irlandês depois de pedir desculpas acerca do dinheiro roubado.
Cerca de 16 milhões de Euros de financiamento irlandês que deviam ser desembolsados para Kampala este ano vão continuar suspensos enquanto decorrem as investigações.
O Ministério para o Desenvolvimento em Londres disse que não haver ainda esclarecimento sobre se a ajuda financeira ao Uganda foi mal usada.
(AIM)
Times/bm/le
Fonte: AIM - 17.11.2012
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