A Argentina vai levar a julgamento sessenta e oito antigos militares, que respondem pelo assassínio de pelo menos 4400 pessoas, suspeitas de oposição ao regime ditatorial.
O famoso caso "voos da morte" remonta à época da ditadura militar argentina entre 1976 e 1983. Sessenta e oito militares usaram as instalações da Escola de Mecânica da Armada (ESMA) para, alegagamente, torturarem e sequestrarem 789 pessoas, cuja maioria foi assassinada.
O denominado mega-julgamento da ESMA, poderá demorar cerca de dois anos e no total, entre réus e testemunhas, serão ouvidas mais de 900 pessoas, escreve o jornal Público.
Um dos arguidos mais mediáticos, o piloto Julio Alberto Poch foi extraditado da Holanda em 2012, onde trabalhou numa companhia aérea, não escondia seu passado e costumava relatar a seus colegas europeus detalhes sórdidos sobre a forma como os prisioneiros eram arremessados ao mar, ainda vivos.
Outra "estrela" do julgamento será Jorge Acosta. O ex-capitão de corveta, apelidado de "Tigre" pela sua crueldade com os prisioneiros, que acumula uma condenação a perpétua por torturas e assassinatos, além de 30 anos pelo roubo sistemático de bebés, desta vez terá de responder pelas acusações de violação às prisioneiras.
Fonte: Sapo - 30.11.2012
Sem comentários:
Enviar um comentário