As autoridades da Malásia apreenderam um carregamento de cocaína líquida avaliada em mais de 22 milhões ringgit (uma soma equivalente a cerca de sete milhões de dólares americanos) a bordo de um navio registado nas Guianas e que tinha como destino final Moçambique, reporta o jornal “News Straits Times”, na sua edição de hoje.
O referido navio, que na semana passada atracou no Porto de Klang para reabastecimento, decidiu dar uma volta muito grande para evitar a sua detenção pelas autoridades malaias.
Contudo, graças a uma denúncia da Agência de Combate a Droga dos Estados Unidos (DEA), a polícia da Malásia e os serviços alfandegários decidiram revistar o barco na segunda-feira, onde descobriram 16 caixas contendo latas que, alegadamente, continham leite de coco e ananás processado.
O director da Agência Federal para o Narcotráfico da Malásia, Datuk Noor Rashid Ibrahim, explicou que a droga, pesando 76 quilos, encontrava-se na forma liquida.
“Eles escalaram aqui para comprar mantimentos, mas tivemos uma pista da carga que eles transportavam a bordo. A inspecção revelou que a droga era para Moçambique”, disse Noor Rashid.
“Perdemos muitos dias a analisar os produtos confiscados antes de detectarmos a droga”, acrescentou.
A polícia encontrou 980 caixas de alimentos processados e a inspecção revelou que 384 latas (16 caixas) continham cocaína liquida.
“O peso de uma lata com o seu conteúdo é de 400 gramas, mas depois de destilar a droga e outros fluidos, apuramos que o peso da droga é de aproximadamente 200 gramas por cada lata.
“A tampa de cima das latas que continham a droga estava amolgada, e acreditamos que se deve a uma reacção química”
“Esta é uma das formas mais sofisticadas de tráfico de drogas que descobrimos até agora”, disse Noor Rashid, para de seguida explicar este truque é usado para traficar enormes quantidades de drogas.
A droga foi dissolvida em leite de coco como forma de tentar ludibriar as autoridades para acreditarem que se tratava de produtos alimentares.
Entretanto, ainda não há registo de detenções em conexão com o caso.
Fonte: AIM - 19.11.2012
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