sexta-feira, novembro 30, 2012

Joseph Desiré Kabila negociou com o M23

O Presidente da República Democrática do Congo prometeu, na Cimeira de Kampala sobre a região dos Grandes Lagos, examinar o nível de execução dos acordos assinados com os rebeldes do M23 em 2009, anunciou o porta-voz do Governo de Kinshasa.

O também ministro da Informação encarregado das Relações com o Parlamento, Lambert Mende Omalanga, garantiu que Joseph Kabila “assumiu o compromisso de dar uma resposta às reivindicações feitas pelos rebeldes em relação aos acordos”.

Lambert Mende disse que a retirada da rebelião do M23 da cidade estratégica de Goma “e arredores imediatos” abre caminho ao diálogo.


“É a efectividade desta retirada que vai abrir a via à reavaliação dos acordos de Goma e não o contrário”, frisou, tendo acrescentado que as únicas reivindicações a examinar são as referentes aos acordos assinados a 23 de Março com 55 grupos armados.

O porta-voz do Governo Congolês excluiu a hipótese de uma amnistia dos autores de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade e rejeitou as alegações do Ruanda, que acusa a RDC de colaborar com os rebeldes ruandeses das Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda que atacaram o território ruandês. “O Exército congolês lança ofensiva contra as forças negativas para as expulsar do território congolês”, afirmou.

O ministro denunciou que mais de 300 mil pessoas fugiram da “catástrofe humanitária” no Kivu-Norte após os combates dos últimos dias e “razias sistemáticas” perpetradas na cidade de Goma pelos rebeldes do M23, designadamente a pilhagem de residências oficiais, de veículos e de armazéns. “O hospital militar de Katindo foi literalmente pilhado por saqueadores do M23 que destruíram as instalações de uma morgue moderna”, acusou o ministro da informação do Congo Democrático.

O porta-voz agradeceu “a solidariedade dos países da região dos Grandes Lagos, da União Africana, da França e dos Estados Unidos ao povo e Estado congolês”.

Fonte: Rádio Mocambique - 30.11.2012

1 comentário:

Anónimo disse...

O menino pensou bem. E muito mais do que velhos dirigentes africanos