Quando, em Fevereiro, o Governo e a Renamo chegaram a consenso relativamente à revisão da legislação eleitoral, os moçambicanos voltaram a sonhar com a paz, que está(va) a ser ameaçada há cerca de um ano. O passo significava o fim dos confrontos entre as Forças de Defesa e Segurança e os homens armados da Perdiz, e dos ataques no troço rio Save-Muxúnguè, cuja travessia passou a ser feita em colunas escoltadas por militares. Mas foi sol de pouca dura...
Enquanto o Parlamento alterava a legislação eleitoral, o que foi feito em duas semanas depois de a Renamo submeter a proposta, as forças governamentais e os homens do partido liderado por Afonso Dhlakama digladiavam-se em Gorongosa e noutros pontos da província de Sofala, ceifando vidas humanas, entre militares e civis, e causando a destruição de bens e infra-estruturas.
A razão disso é desconhecida porque o móbil era a necessidade de se proceder à revisão da legislação eleitoral, o que já foi feito pelo Parlamento. Até aqui, nenhuma das partes, nomeadamente o Governo e a Renamo, se dignou a dizer ao povo moçambicano o que se está a passar. Talvez haja outro motivo...
A nova onda de confrontos começou no dia 24 de Fevereiro, dias depois de a Renamo ter submetido ao Parlamento a proposta de revisão do pacote eleitoral. Forças governamentais foram acusadas de estar a criar pânico na Vila de Gorongosa. Estavam a disparar metralhadoras. Os alunos da escola secundária local chegaram mesmo a abandonar as aulas devido aos disparos. Pelo menos seis camiões com militares foram vistos, ao que tudo indica, a caminho de Vundúzi. Ler mais
1 comentário:
O problema das forcas armadas de Mocambique é que é formada por pessoas sem inteligencia ou melhor,analfabetos,pelo menos parece. Cumprem ordens sem por as mãos a consciencia. Estão a morrer para defenderem não os interesses da nação mas de algumas pessoas em particular. Seria bom que eles se juntassem ao povo e todos fizessemos deste pais um lugar melhor onde o Moçambicano é respeitado e valorizado.
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