A COMISSÃO Nacional de Eleições (CNE) negou ontem, em comunicado de imprensa, que o seu presidente, Leopoldo da Costa, tenha participado no X Congresso do partido Frelimo, realizado entre 23 e 28 de Setembro último na Cidade de Pemba, província de Cabo Delgado.
“O Prof. Doutor João Leopoldo da Costa é presidente da Comissão Executiva do Fórum das Comissões Eleitorais dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e, nesta qualidade, esteve de 22 a 25 de Setembro de 2012 na cidade de Gaberone, capital do Botswana, para dirigir a reunião da Comissão Executiva de que é presidente e em seguida participar na Assembleia-geral do órgão”, afirma o Comunicado.
Segundo o órgão eleitoral, os rumores postos a circular “por alguns órgãos de comunicação social”, referem que o presidente da CNE teria sido visto a participar nos trabalhos do X Congresso do partido Frelimo, que teve lugar em Pemba de 23 a 28 de Setembro, contrariando, assim, o princípio de independência e imparcialidade de que tem o dever de observar na qualidade de membro da CNE, órgão que tem por missão fazer a supervisão dos processos eleitorais em Moçambique.
Para contrariar tais rumores, o documento da CNE refere ainda que Leopoldo da Costa, para além de Gaberone, esteve em Pretória, capital da República da África do Sul, de 26 a 28 de Setembro para participar num “Workshop” de formação de novos membros das comissões eleitorais da região.
Neste encontro, e na qualidade de académico e de presidente da CNE, Leopoldo da Costa foi convidado, segundo a CNE, a proferir uma palestra subordinada ao tema “Gestão de Processos Eleitorais: Que Desafios?”.
“Por conseguinte, as declarações tendenciosas prestadas por alguns membros dos painéis nos debates promovidos por alguns órgãos de comunicação social, não podem corresponder à verdade e não podem ter outro propósito que não o que seja a de desinformar a opinião pública”, acusa o órgão eleitoral.
Nesta conformidade, a CNE repudia “veementemente esta atitude de má fé” e apela à observância de normas de conduta social e política que primem pela seriedade, respeito pelo cidadão que nos termos constitucionais tem direito à honra, ao bom nome, à reputação, à defesa da sua imagem pública e à reserva da sua vida privada e o mesmo com relação às instituições públicas e privadas.
A terminar, os membros da CNE afirmam estar abertos ao diálogo e pronta para prestar qualquer esclarecimento que se julgar pertinente.
Fonte: Jornal Notícias – 07.11.2012
3 comentários:
E se houvessem essas reuniões o "camarada" João Leopoldo não teria estado presente no congresso do seu partido?
Nao tem nada de etico esse homem e essa comissao.
Esperamos outra comissao daqui a alguns dias.
Esse gajo e' da frelimo esse.
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