Perto de três mil pessoas, entre homens e mulheres, estão desde finais do mês de Fevereiro envolvidas na exploração ilegal de ouro na mina Brazão Mazula, no povoado de Marins, distrito de Moma em Nampula.
Segundo escreve o jornal Diário de Moçambique (DM), os referidos garimpeiros invadiram a área depois que um grupo de jovens locais decidiu avançar por um ensaio quanto à existência ou não de recursos minerais próxima do Rio Mikikisa ao que acabou sendo uma realidade.
Hoje e mercê das potencialidades, a região constitui um verdadeiro atractivo para os homens do garimpo, facto que leva a convergirem em Marins muitos indivíduos, entre nacionais e estrangeiros.
O curioso, segundo ainda o DM, é a forma como a informação quanto às potencialidades da mina se propagou e indivíduos ligados ao comércio informal até já avançaram com a instalação de barracas, embora de construção precária, para oferecer serviços de primeira necessidade aos mineiros.
No distrito de Moma, e segundo ainda o Diário de Moçambique, a questão mereceu avaliação do lado das autoridades que de imediato despachou equipas ao terreno, as quais reportaram a veracidade dos factos às estâncias superiores, a quem compete decidir sobre o que está a acontecer.
Já na Direcção Provincial dos Recursos Minerais, aquela publicação diz ter apurado que a zona compreende 10 mil hectares, concessionados ao cidadão Brazão Mazula, ex-presidente da Comissão Nacional de Eleições e antigo reitor da Universidade Eduardo Mondlane, para efeitos de prospecção e pesquisa, há três anos, estando a licença prestes a caducar sem nenhum resultado.
O inspector-chefe dos recursos minerais em Nampula, Fila Lázaro, confirmou a invasão e esclareceu que o proprietário da concessão abandonou parcialmente a área não se sabendo ao certo o que se está a passar.
Devido à acção dos garimpeiros, acrescenta a fonte, a inspecção tratou de o notificar, isto há duas semanas, para no espaço de 20 dias se explicar da realidade.
A fonte prossegue dizendo que perante o cenário e a avaliar pelo posicionamento do cidadão Brazão Mazula, o sector dos recursos minerais ver-se-á obrigada a recorrer à legislação, o que a acontecer pode ditar a perda da licença e o consequente parcelamento da área aos garimpeiros.
O inspector-chefe dos recursos minerais de Nampula disse que na zona está mesmo a sair o ouro descoberto pela população, e acrescenta que, o que não se sabe são as potencialidades do jazigo dada apatia por parte da empresa que devia apurar a realidade dos 10 mil hectares
Fonte: Rádio Mocambique - 28.03.2012
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