Mais de 1.300 professores em exercício em diferentes estabelecimentos de ensino dos sectores público e comunitário na cidade de Quelimane estão há 10 anos sem qualquer tipo de nomeação no Aparelho do Estado.
Os visados entraram como Agentes do Estado na condição de contratados mas passados 10 anos continuam na mesma situação, mesmo depois de terem regularizado a sua situação de contratação nos concursos públicos lançados pelo pelouro da Educação e Cultura.
O governador da Zambézia, Francisco, Itae Meque, que está a trabalhar no distrito de Quelimane desde segunda-feira, ficou bastante “irritado” com o problema que afecta o futuro de muitos professores, alguns dos quais, já terminaram formações profissionais e académicas e os seus expedientes estão a “apodrecer” no sector dos Recursos Humanos.
“Às vezes pensas que os distritos tem esse problema porque estão longe, mas afinal aqui na capital provincial qual é o problema?”, questionou Francisco Itae Meque para quem nada justifica que os professores tenham passado todo esse tempo a actualizar a sua documentação mas sem proveito nenhum. “Há qualquer coisa que não anda bem e precisamos de estruturar o problema para encontrarmos resposta para isso imediatamente”, disse Francisco Itae Meque.
A cidade de Quelimane conta actualmente com 2.470 professores. As reclamações de desaparecimento de documentos no Departamento dos Recursos Humanos tornaram normais. Entretanto, a estes se vêm juntar outros 900 funcionários de outras instituições do Estado, que estão com o mesmo problema há 15 anos.
Estes funcionários correm o risco de nunca entrarem para os quadros do Aparelho do Estado pelo facto de terem ultrapassado a idade dos 35 anos.
Fonte: Rádio Mocambique - 28.03.2012
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