Bissau - Os cinco candidatos que contestam os resultados das
eleições presidenciais antecipadas na Guiné-Bissau iniciaram segunda-feira
contactos com os embaixadores residentes no país para apresentar alegadas provas
de fraude eleitoral, noticiou a Lusa.
Os cinco (Kumba Yalá, Serifo Nhamadjo, Henrique Rosa,
Afonso Té e Serifo Baldé) foram recebidos segunda-feira pelo embaixador do
Senegal em Bissau, Mamadu Niang, na qualidade do decano dos embaixadores
acreditados na Guiné-Bissau.
Em declarações aos jornalistas, Serifo Nhamadjo disse que os cinco foram apresentar ao embaixador Niang a sua versão dos factos.
"É uma diligência que tencionamos continuar junto dos
diplomatas estrangeiros e não só para dar a nossa versão dos factos. Como sabem
há sempre tentativa de intoxicação e nós vamos apresentar o que pensamos ser o
justo, caberá aos nossos interlocutores tirar as suas ilações", disse Nhamadjo,
terceiro candidato mais votado nas presidenciais do passado dia 18 de
Março.
Questionado sobre o que tencionam fazer daqui para
frente, uma vez que reafirmam, nas palavras de Kumba Yalá, a sua determinação de
nenhum dos cinco tomar parte na segunda volta das presidenciais, Serifo Nhamadjo
disse que estão a aguardar uma resposta da Comissão Nacional de Eleições (CNE)
onde depositaram na sexta-feira alegadas provas de fraude.
"Ainda não temos uma resposta da CNE. Temos estado a seguir as
normas constitucionais, as nossas reclamações nas mesas de voto não foram
atendidas, nas CRE (Comissões Regionais de Eleições) idem aspas, agora estamos
na CNE que, eventualmente, irá dar a sua versão e talvez a partir dai seguiremos
para o Supremo Tribunal de Justiça", indicou Serifo Nhamadjo.
O embaixador do Senegal, o general Mamadu Niang, disse, por sua vez, que recebeu os cinco candidatos que contestam os resultados provisórios da primeira volta das presidenciais para os ouvir.
“Recebi os cinco candidatos, na minha qualidade do decano dos embaixadores acreditados neste país. Ouvi a sua preocupação a respeito dos resultados provisórios da primeira volta das eleições e dos recursos que apresentaram na CNE e eventualmente ao Supremo Tribunal de Justiça", afirmou o diplomata.
"Tomei nota da sua preocupação e disse-lhes que da nossa parte o que nos interessa é que a Guiné-Bissau continue no caminho da paz, da estabilidade, rumo ao desenvolvimento", acrescentou Mamadu Niang.
Fonte: Angola press - 27.03.2012
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