CAMPANHA ELEITORAL - MDM queixa-se à PGR

O MOVIMENTO Democrático de Moçambique (MDM) formalizou ontem junto da Procuradoria-Geral da República (PGR) a queixa contra os membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE), a quem acusa de extravio de documentos atinentes à sua candidatura para as eleições legislativas e provinciais de 28 deste mês. Enquanto isso, uma fonte da Secretaria da PGR confirmou ao “Notícias” a recepção do expediente e afirmou que aquela instituição judicial trabalhará no sentido de dar uma resposta ao processo o mais rápido possível.

Bernabé Kono, membro do MDM, foi quem levou o processo-crime contra a CNE para a Procuradoria-Geral da República, tendo, na ocasião, afirmado que se trata de um acto que visa restabelecer a justiça e a legalidade no tratamento do processo eleitoral da sua organização.

“As acusações que fazemos são aquelas que toda a gente sabe. O Conselho Constitucional baseia a sua decisão de rejeitar as candidaturas do MDM num mapa- controlo da CNE, que não tivemos acesso, no qual se diz que as nossas candidaturas são rejeitadas por falta de processos. Nós temos a consciência de que apresentámos todos os documentos exigidos por Lei. Por exemplo, para a província de Nampula apresentámos os 46 efectivos e 21 suplentes, mas o acórdão do CC afirma que esta lista é rejeitada por falta de 15 processos. São coisas que não conseguimos entender”, disse.

Bernabé Kono mostrou-se, por outro lado, esperançado em relação ao trabalho que a PGR vai realizar em torno desta questão, mostrando-se também optimista quanto à celeridade que esta instituição do Estado vai dar ao processo em questão, tendo em conta que se trata de um “caso que tem a ver com as eleições e nós estamos a pouco mais de dez quinze dias da votação”.

Enquanto isso, o candidato do MDM à Presidência da República trabalhou ontem na província de Nampula, onde para além de pedir o voto para si e para o partido que dirige prometeu melhorar a qualidade de ensino e de assistência médica e medicamentosa para todos os moçambicanos.

Falando num comício popular na sede do distrito de Mogovolas, Simango prometeu, por outro lado, um combate cerrado contra a corrupção e um Moçambique para todos, em que todos os cidadãos, sem excepção, terão oportunidade de emprego, acesso à habitação, transporte e outros benefícios com vista a melhorar a sua qualidade de vida.

Entretanto, a caravana eleitoral do MDM na Cidade de Maputo saiu ontem à rua para pedir votos à população em Magoanine. Numa campanha porta-a-porta, os membros da caranava do partido de Daviz Simango distribuíram cartazes do partido e fotografia do seu candidato às presidenciais ao mesmo tempo que explicavam aos contactados a maneira como deverão votar no dia 28 deste mês.

Fonte: Jornal Notícias (13-10-2009)