Por venda de armas e tráfico de influências
Um tribunal de Paris condenou hoje a seis anos de detenção os principais acusados no processo Angolagate, um caso de venda de armas a Angola em meados dos anos 90.
O francês Pierre Falcone e o israelita de origem russa Arcadi Gaydamak foram condenados a seis anos de detenção. O filho do antigo Presidente francês François Miterrand, Jean-Christophe Miterrand, foi condenado a dois anos de pena suspensa, enquanto o ex-ministro francês do Interior Charles Pasqua foi condenado a um ano de prisão.
Pierre Falcone foi condenado por tráfico de influências e comércio de armas e o tribunal ordenou a sua detenção imediata, sublinhou a AFP. Gaydamak, o grande ausente neste processo apesar de já ter sido emitido um mandado de detenção contra ele, está na Rússia e foi também condenado por comércio de armas e tráfico de influências. Tanto Falcone como Gaydamak deverão agora apresentar recurso, tal como anunciaram os advogados.
Os dois homens foram acusados de terem vendido armas a Angola entre 1993 e 1998, provenientes do antigo bloco soviético, quando o país estava em guerra civil, sem autorização do Estado francês. Charles Pasqua era então ministro do Interior (hoje é senador) e foi condenado a três anos de detenção, dois deles com pena suspensa, e 100 mil euros de multa por tráfico de influências, mas o advogado já anunciou que vai apresentar recurso.
Também Jean-Christophe Miterrand, que foi conselheiro francês para África, foi condenado a dois anos de detenção com pena suspensa e 375 mil euros de multa.
Fonte: PÚBLICO – 27.10.2009
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