Parlamento Juvenil divulga “Manifesto Eleições 2009”
Recomendam também à CNE e STAE que o slogan “Eleições Livres, Justas e Transparentes” “não seja letra morta, por forma a que o processo não ponha em causa a estabilidade política, não ensombre a democracia e não ameace a paz real.” Fazem ainda exigências ao futuro PR . Querem: “1. - A inclusão de jovens nos órgãos de tomada de decisões; 2. - A separação do Ministério da Juventude e Desportos; 3. - A eliminação da partidarização do Estado; 4. - A revisão e aprovação da politica da juventude, no âmbito da Carta Africana e de outras recomendações internacionais de que o país é signatário; 5. - A criação de um fundo de emprego; 6. - A criação de uma política nacional de habitação”.
Maputo (Canalmoz) - A escassos dias das eleições gerais de 28 de Outubro próximo, o Parlamento Juvenil (PJ), uma plataforma da camada mais expressiva da população moçambicana (juventude), acaba de divulgar o Manifesto da Juventude – Eleições 2009.
Dirigido aos partidos políticos, aos candidatos à Presidência da República, aos Órgãos de Administração Eleitoral, aos Observadores Eleitorais, à Comunicação Social e à sociedade em geral, nele, de forma geral, apelam “a todos os jovens”, “para que façam destas eleições um momento de reflexão e exaltação da cidadania”.
O Parlamento Juvenil diz-se preocupado “com a crescente corrupção e partidarização das oportunidades, manifestadas pela injustiça social”.
Considera, no entanto, que houve algum “empenho do executivo cessante, ainda que titubeante, atinente ao combate a corrupção, luta contra a pobreza e o combate ao HIV e Sida”
De referir, entretanto, que o Parlamento Juvenil convidou os candidatos presidenciais para exporem os seus pontos de vista com relação aos problemas da juventude, tendo o actual presidente da República, Armando Guebuza e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ambos se pautado pela ausência.
Apelos à CNE e ao STAE
O Parlamento Juvenil (PJ) apela à Comissão Nacional de Eleições e ao Secretariado Técnico de Administração Eleitoral para que a informação sobre os processos, espaços, oportunidades e direitos definidos na lei eleitoral sejam amplamente divulgados, mormente nas zonas rurais. Recomendam que o slogan “Eleições Livres, Justas e Transparentes” “não seja letra morta, por forma a que o processo não ponha em causa a estabilidade política, não ensombre a democracia e não ameace a paz real”.
Noutro desenvolvimento, o manifesto do PJ, apela à CNE e ao STAE a “que não cedam a nenhuma tendência de partidarização das suas actividades, nem se deixem corromper, a despeito da atracção que as promessas possam representar, em prol do bem comum”.
De salientar que o presidente da CNE, Leopoldo da Costa, também pautou pela ausência, num debate promovido pelo PJ, após aquele órgão ter excluído, total ou parcialmente, alguns partidos à corrida eleitoral.
Apelos aos observadores
Entende o PJ que os observadores eleitorais às eleições de 28 de Outubro devem reger-se pelos dispositivos legais em vigor na República de Moçambique, de forma a salvaguardarem as vontades do povo moçambicano.
Os membros do PJ pedem que “as fraudes cometidas por qualquer um dos partidos, independentemente da sua posição, constatadas pelos observadores, sejam devidamente reportadas e denunciadas e nunca escamoteadas em desfavor do povo moçambicano.”
Exigências ao futuro PR
No seu manifesto, a juventude exige aos concorrentes ao posto de PR, que sairá do trio Daviz Simango, Armando Guebuza e Afonso Dhlakama, para que inclua “jovens nos órgão de tomada de decisão”, que separe “o Ministério da Juventude e Desportos”, proceda à “ eliminação da partidarização do Estado”, e faça a “revisão e aprovação da política da juventude, no âmbito da Carta Africana e de outras recomendações internacionais de que o país é signatário”.
O PJ propõe ainda que o próximo inquilino da Ponta Vermelha promova a “criação de um fundo de emprego” e “a criação de uma política nacional de habitação”.
O Canalmoz apurou, ainda, que parte da liderança do PJ acaba de se deslocar às províncias para dar a conhecer à juventude este documento.
(Luís Nhachote)
Fonte: CANALMOZ (2009-10-21)
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