“O presidente Guebuza pode ficar descansado em relação aos votos dos muçulmanos. Todos eles vão votar na Frelimo e em Guebuza. Agora, se a Frelimo perder, não será por causa dos votos dos muçulmanos, mas, sim, devido a outros factores que são exteriores à influência de Sibindy e dos muçulmanos”
Maputo (Canalmoz) – O presidente do Partido Independente de Moçambique (PIMO), Yaqub Sibindy, disse ao Canalmoz que a sua exclusão e a do seu partido da corrida eleitoral, complicou as suas contas financeiras pessoais. Isso porque, segundo nos explicou, todas as actividades desenvolvidas pelo seu partido foram suportadas pelo seu bolso, e com apoios dos seus familiares.
Sibindy fez essas declarações em reacção às informações que vêm sendo veiculadas, dando conta de que este se rendeu ao partido Frelimo para se ver livre de algumas dívidas que lhe tiravam sono. Assim, segundo essas informações, aparentemente sem saída para honrar com os seus compromissos financeiros, Sibindy pediu socorro ao grupo empresarial MBS, liderado pelo empresário Momad Bachir, apoiante confesso do partido Frelimo, o que este aceitou, na condição de o líder do PIMO que anteriormente criticava a Frelimo, anunciar publicamente a sua rendição perante o batuque e a maçaroca e Armando Guebuza.
A nível da imprensa, fala-se de 150 mil meticais, gastos por Sibindy em publicidade nos órgãos de comunicação social e no arrendamento das instalações da sede do partido. Questionámos ao presidente do PIMO o verdadeiro valor que gastou para cobrir tais encargos, ao que nos respondeu nos seguintes termos: “não sei com que base é que foram feitas essas contas e onde foram buscar os extractos. As dívidas que tenho podem ser superiores ou inferiores ao valor que está sendo propalado na imprensa. Por isso considero isso de perseguição e tentativa de denegrir a minha imagem na opinião pública”.
Quem não tem dívidas?
Adiante, Sibindy reconheceu que tem muitas dívidas, mas disse que isso não pode ser objecto de notícia, pois não interessa ao público, sendo, antes, uma questão pessoal. Disse ser caricato o facto de falarem apenas das suas dívidas, pois existem partidos que estão a concorrer para as eleições de 28 de Outubro próximo, também com muitas dívidas.
“Porquê é que apenas as dívidas de Yá-qub Sibindy são motivo de notícia? E porque é que os outros partidos são apadrinhados?” questionou aquele político. Disse que tem dívidas porque é desapoiado economicamente e é diferente de outros partidos, que têm parceiros. Sibindy afirmou, ainda, que todas as actividades que o seu partido desenvolve são com base nos seus recursos próprios, nos dos seus familiares, e no de gente de boa vontade da comunidade muçulmana. Acrescentou que, mesmo os EUA, têm dívidas nas Nações Unidas; daí que este não deve ser condenado por tê-las.
Sibindy já é chefe de Delegação da Frelimo
Após se ter filiado ao partido no poder, Frelimo, Yá-qub Sibindy foi nomeado chefe de uma delegação especial, que irá trabalhar nas províncias do norte do país, para persuadir os cidadãos muçulmanos daquela região a votarem na Frelimo e em Guebuza. Segundo ficámos a saber do próprio Yá-qub Sibindy, na tarde do último domingo este já tinha o voo marcado para o norte do país, onde iria intensificar a campanha da Frelimo e de Armando Guebuza. Sibindy disse que o seu partido tem muita influência, a nível da religião muçulmana, cuja maior parte de fiéis está no norte do país.
Disse à nossa reportagem que “o presidente Guebuza pode ficar descansado em relação aos votos dos muçulmanos. Todos eles vão votar na Frelimo e em Guebuza. Agora, se a Frelimo perder, não será por causa dos votos dos muçulmanos, mas, sim, devido a outros factores que são exteriores à influência de Sibindy e dos muçulmanos”.
(Matias Guente)
Fonte: CANALMOZ (2009-10-21)
2 comentários:
e ha quem diz k os jovens podem vender o País,como se ainda resta-se algo por vender, se ate as pessoas eles compram,,,meu Pais
Depois que descobriram a fraqueza duns jovens, pensaram que eram todos assim.
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