Dois observadores nacionais do Observatório Eleitoral foram presos e corridos da vila sede do distrito. Em Dombe, Sussendenga, província de Manica, o observador Marceta Andre Madina queria passer a noite mas foi-lhe ditto que não podia ficar durante a noite. Quando cheguei esta manhã à EPC de Machire e apresentou a sua credencial na primeira assembleia de voto, o presidente chamou de imediato a polícia que o prendeu. Foi algemado, espancado e disseram-lhe que tinha de deixar a vila.
Em Changara, Tete, quando o observador apresentou a sua credencial foi-lhe dito que não eram reconhecidos observadores. De novo o presidente chamou a polícia que disse ao observador para abandonar imediatamente a vila. Deu-se o mesmo em 2004 e, sem observadores nem delegados de partido presentes, ocorreu um massivo enchimento de urnas.
Cadernos eleitorais trocados e em falta
Cadernos trocados e em falta estão a ser um problema pelo país fora. Os nossos jornalistas dão conta de assembleias de voto que não puderam abrir na cidade de Maputo (Escola Primaria Filipe Samuel Magaia); Mucumbura, Tete; Gondola, Manica; Meconta, Nicoadjuni e Namialo em Nampula; Maringe e Machanga, Sofala; e Cuamba, Niassa.
Em Caia, Sofala, um caderno eleitoral estava numa assembleia de voto a 3 Kms de distância. Alguns eleitores caminharam a distância extra mas outros simplesmente foram-se embora.
Em Mapolo Inhabando, Magoe, em Tete, não havia assembleia de voto no local de recenseamento e 170 eleitores tiveram de andar a pé 10 km até à aldeia próxima, na Missão.
Fazendo campanha e confusão
Em Muipiri, Machanga, em Sofala, na assembleia de voto 730, reina a confusão. Ainda há filas muito longas e dirigentes locais da Frelimo que foram os primeiros a votar esta manhã, voltaram e estão a falar com as pessoas que esperam na longa fila.
Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique, Número 24, 28 de Outubro de 2009, 1700 horas
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