O Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, disse hoje que as relações bilaterais entre Moçambique e o Malawi decorrem sem sobressaltos, apesar da medida tomada por Blantyre de não permitir que eleitores moçambicanos residentes em Nsanje, sul daquele país, exerçam o seu direito de voto no dia 28 de outubro.
Baloi considerou que trata-se de uma medida excpecional que decorre no quadro da soberania malawiana, acrescentando que ela peca pela negativa, uma vez que na maior parte dos países da África Austral, os moçambicanos exercem o seu direito de votar.
Em consequência deste problema, o governo moçambicano afirma que está em contacto permanente com as autoridades malawianas no sentido de se encontrar uma solução favorável para o caso.
Os malawianos insistem no entanto, que apenas podem funcionar duas mesas de voto, uma no Alto-Comissariado em Lilongwe e outra no Consulado moçambicano em Blantyre.
Nestas condições está fora de hipótese qualquer possibilidade destes cidadãos, puderem votar na proxima semana, na medida em que isso implicava o transporte dos setecentos e cinquenta moçambicanos de Nsanje a Blantyre, numa distância de duzentos quilômetros.
Contactada pela Rádio Moçambique, a Comissão Nacional de Eleições afirma que ainda não teve conhecimento do facto.
O Porta-voz da CNE Juvenal Bucuane, assegurou que o assunto deverá ser analisado nos próximos dias para depois emitir algum parecer sobre o mesmo.
Fonte: Rádio Moçambique, 20/10/2009
1 comentário:
Isto começa a sair dos limites. Não mecanismos adequados para pôr o nosso vizinho no seu devido lugar? Até porque, no meu entender, eles é que precisam mais de nós. Ou tou errada? Não percebo esta arrogancia!
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