A Renamo, o principal partido da oposição moçambicana, acusou hoje as forças governamentais de "ataques em massa" às posições do movimento na Gorongosa, centro do país, qualificando as alegadas incursões como "ameaça à paz" no país.
Em conferência de imprensa hoje em Maputo, António Muchanga, porta-voz do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, acusou as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e a Força de Intervenção Rápida (FIR) de terem usado, hoje, canhões B11 e disparado 38 obuses contra a Serra da Gorongosa, onde se presume que esteja refugiado Dhlakama.
"Nesses ataques são usadas armas de destruição em massa mais conhecidas por canhões B11, tendo sido disparados, no dia de hoje, 38 obuses", afirmou António Muchanga.
Além de Gorongosa, os alegados ataques das forças de defesa e segurança moçambicanas visaram posições dos homens armados da Renamo no distrito de Inhaminga, também no centro do país, acrescentou António Muchanga.
Segundo o porta-voz do líder da Renamo, a suposta ofensiva do exército moçambicano representa uma ameaça à paz, uma vez que os homens armados do movimento poderão responder aos ataques.
"A continuação dos ataques das FADM/FIR aos homens da Renamo poderá precipitar o fim da paciência destes e do seu comandante em chefe, presidente Afonso Dhlakama", disse António Muchanga.
Os alegados ataques do exército moçambicano às posições militares da Renamo acontecem após a Assembleia da República ter aprovado as emendas à lei eleitoral propostas pelo movimento e que desencadearam a actual tensão militar e política em Moçambique.
Hoje, as delegações do Governo e da Renamo voltam a encontrar-se em Maputo para debater o desarmamento do principal partido da oposição, no quadro das negociações que as duas partes vêm mantendo em torno do diferendo eleitoral.
Na terça-feira, um ataque contra um carro militar, atribuído a homens armados da Renamo, matou quatro agentes e feriu outros cinco, das Forças da Guarda-fronteira, em Mussicadzi, Gorongosa, centro de Moçambique, disse à Lusa fonte hospitalar.
O ataque ocorreu a meio caminho entre Sadjundjira e Casa Banana, antigo bastião da Renamo quando o comando da Guarda-fronteira fazia o render da força numa posição.
Fonte: LUSA - 05.2014
1 comentário:
Sempre foi o Governo a ficar em frente de casos, quando a Renamo começou com os ataques em vez de parar e pensar melhor, foi e entrou de cabeça, se esquecendo de que quem sofreria por todas as situações que a guerra iria criar é a população indefesa e não os protegedissimos filhos de Edison Macuacua ou Galiza Matos Jr. O que tanto doi é a morte dos pobres militares que também aceitam ir a uma luta que não é guerra a pensar que seriam bem vistos. Mesmo não aceitando não vos seria tirado nada porque Moçambique não está em guerra a que seriam levados. Graça, estamos a espera de um momento propício para cobrarmos sua cabeça e a dos teus familiares, isso vai acontecer a mais alguns dirigentes, principalmente Guebuza. Aos dirigentes ladrões, está a aproximar a hora de passar a pior baixa para o resto de vossa vida.
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