Chegam-me notícias da fuga de Dhlakama da sua base em Sathungira. Em casos desta natureza, a prudência desautoriza qualquer espécie de certeza, mas não consigo deixar de pensar que durante as negociações no Centro de Conferências Joaquim Chissano estava a ser urdido, ao mais alto nível, um esquema para acabar com o “pai” da democracia. Se, claro, compreendermos que a única pedra no sapato de Armando Guebuza, depois da sua incontestável vitória no congresso de Muxara, é Dhlakama.
A manutenção de Guebuza como “dono” da Frelimo e o poder que terá sobre o futuro Presidente de Moçambique permitir-lhe-á - enquanto líder do partido que manda no país - governar de acordo com o sal do seu próprio arbítrio. Aqui não é preciso lembrar que qualquer militante da Frelimo subordina-se ao Presidente do Partido. E Guebuza sabe, de ciência certa, que não deve correr o risco de ver o seu poder colocado em causa. Aliás, para evitar que Chissano estivesse acima do actual Presidente da República, Guebuza foi colocado na cadeira mais alta do partido. Situação que, como é previsível, não acontecerá com o futuro Presidente da República. Ler mais
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