O líder da Renamo falou ontem ao país a partir do seu quartel-general, perante centenas de membros idos de todas as províncias e jornalistas dos principais órgão de informação
A Renamo celebrou ontem a passagem dos 34 anos após a morte de André Macate Matsangaissa e de um ano desde que Afonso Dhlakama está instalado em Santungira. Centenas de membros daquele partido provenientes de todas as províncias reuniram-se na chamada Academia Política de Santungira para celebrar a ocasião com actividades culturais e ouvir o discurso do seu líder.
Afonso Dhlakama, diferentemente das ocasiões anteriores, apareceu com um discurso apaziguador e disse que jamais promoverá guerra no país e que os incidentes deste ano foram apenas para responder a ataques do governo e mostrar que ainda tem capacidade para responder militarmente às provocações.
Dhlakama exigiu que o governo acabe com as escoltas policiais, até próxima segunda-feira, no troço Muxúnguè-Rio Save e vice-versa ao longo da Estada Nacional número Um. é que segundo afirmou, as escoltas em causa não fazem sentido, porque já havia dito que não iria mais atacar viaturas e, se assim o disse, nenhum militar da Renamo ousaria contrariá-lo.
Afonso Dhlakama, que promete combater a partidarização do Estado, afirmou que “não basta que alguém tenha lutado ao meu lado para ser ministro, tem de merecer intelectual e tecnicamente” .
Na ocasião, o líder da “Perdiz” chamou Rahil Khan, um dos membros do seu partido, para apresentá-lo aos presentes como exemplo de quem está a sofrer e perdeu muitas oportunidades só por ser membro da Renamo. “São pessoas como esta que são marginalizadas no nosso país. essas pessoas são perigosas, porque, se houver centenas dessas pessoas ‘stressadas’ e sem oportunidades, elas não terão nada a perder com a guerra. por isso, temos que combater isso e dar oportunidades a todos”, disse Dhlakama.
Fonte: O País online - 18.10.2013
Sem comentários:
Enviar um comentário