segunda-feira, outubro 14, 2013

Ministro da Defesa esclarece negócio de navios e migues

O ministro da Defesa Nacional, Filipe Nyusi, desmente que o governo tenha comprado aviões de guerra do tipo Mig e afirma que o país sempre teve este tipo de equipamento militar. O governante fez esta declaração durante o encerramento de um curso de instrução militar, afirmando que nunca foi segredo que o Estado tem aviões de guerra.


“Moçambique sempre teve Migues. Não houve nenhuma nova compra. E sempre dissemos, repetidas vezes, quando questionavam a nossa capacidade combativa. Nunca escondemos”, explicou o dirigente, acrescentando que “o nosso país precisa de ser defendido e ninguém deve ter medo disso”.

Na semana passada, a força aérea moçambicana testou, na cidade de Maputo, as aeronaves militares, tendo criado susto junto de muitas pessoas. Fontes do Ministério da Defesa asseguraram ao “O País” que os migues estão neste momento estacionados na base aérea de Nampula.

O ministro da Defesa explicou, ainda, que as FADM têm de ser reforçadas com meios modernos, para responderem aos desafios actuais. “Nós temos três ramos: o exército que tem que se mover pela terra. E no contexto actual, em função das novas ameaças, a guerra não se faz marchando. É preciso mover as unidades. Temos a Força Aérea. Esta é uma força interventiva, nas guerras modernas. É preciso haver uma força de choque. Isso até reduz a perda de vidas humanas”, explicou a fonte, citando como exemplo as guerras de Golfo e de Bagdad.

Negócio dos navios

Questionado sobre o negócio de compra de navios pela empresa EMATUM, Nyusi disse que não faz sentido pretender que a marinha trabalhe sem meios de locomoção e defesa no alto mar. “No caso da marinha de guerra, esta força não é composta por pessoas treinadas apenas para andar ao lado das praias. É para entrarem no alto mar. E precisam de equipamento. O que temos vindo a fazer agora é inspirando nas experiências internacionais: envolver o sector privado para a viabilização da defesa, porque, por si só, não é sustentável”, disse Nyusi.

Fonte: O País online - 14.10.2013

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