Além da vítima fatal, a VOA constatou que 12 civis terão sido sequestrados pelos homens armados da Renamo.
Em Moçambique, um veículo ficou carbonizado e uma pessoa foi ontem à noite atingida mortalmente devido a um ataque atribuído a guerrilheiros da Renamo na Estrada Nacional número 13, que liga as cidades de Nampula e Cuamba, na província do Niassa.
Apesar do correspondente da Voz da América ter estado no local a polícia não se pronunciou sobre o ataque.
Além da vítima fatal, a VOA constatou que 12 civis terão sido sequestrados pelos homens armados da Renamo. Alguns sobreviventes, contaram-nos que estes teriam sido obrigados a levar os seus bens (produtos alimentares) e a seguirem os atacantes.
O carro transportava produtos agrícolas que iriam ser comercializados na cidade de Nampula. A viatura que não foi possível identificar a chapa de inscrição, devido ao estado de destruição, carregava 20 civis, entre comerciantes e simples cidadãos. A VOA conseguiu falar apenas com sete que permaneceram no local. Janfar João Assuate explica o ataque: “Nós vínhamos de Caiaia em Ribáuè e, com destino a Cidade de Nampula. Durante a caminhada e nesta, curva, quatro homens armados começaram a desparrar na nossa frente. O motorista, quando viu que a situação estava a piorar, reduziu a velocidade e colocou o carro a andar para trás. Atrás vinham outros homens e fomos cercados pelos bandidos armados”.
Segundo Amete João, ele e mais seis puseram-se imediatamente em fuga, escapando-se assim aos elementos da Renamo. “O resto dos nossos irmãos, se não morreram, foram capturados por eles”, disse Amete João. Um outro sobrevivente que não quis ser identificado pediu para que o presidente da república, Armando Guebuza, se encontre o mais urgentemente possível, com o líder da Renamo, Afonso Dhakama. “E peço que se chegue a um consenso”, pediu.
Por volta das 11H40 de hoje, a polícia da perícia levou o corpo para a cidade de Nampula, mas a viatura continuava a arder. Refira-se que a estrada Nacional N, 13 que liga as cidades de Nampula e Cuamba, encontra-se em obras de asfaltagem. O troço atacado, encontra-se sob responsabilidade de uma empresa chinesa.
As obras decorrem normalmente, apesar da tensão existente e do medo visível, principalmente dos operários moçambicanos. Um responsável chinês garantiu que as obras iam continuar mesmo com o ataque dos homens armados da RENAMO.
Automobilistas que usam a circular no troço, realizam as suas actividades com “muito medo”. Um automobilista que não quis se identificar disse: “eu deveria ter passado aqui ontem, mas quando me apercebi do ataque tive que adiar a viagem”. Ele continuou “mesmo assim, faço este percurso muito receio. É pena que em paz, no meu país, tenha que circular com medo, devido a está onda de ataques armados.” Muitos funcionários do governo de Rapale não se apresentaram no seu posto de trabalho e viajaram para lugares mais seguros, como a cidade de Nampula. No entanto, igualmente em Nampula, os seus residentes, temem que os ataques comecem a acontecer na cidade tendo em conta a inoperância das forças policiais. Apesar destes incidentes, a polícia de Nampula não confirma os ataques da Renamo.
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