Por Damião Trape, da AIM, em Malabo
Malabo (Guiné Equatorial), 30 Jun (AIM) – O presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, afirma que os ventos de mudança que se registam em alguns países do norte de África são um indicador de que a boa governação está no centro das exigências da juventude.
Por isso, exorta os lideres africanos a considerarem este aspecto, trabalhando no sentido de integrar a juventude no processo de governação democrática e inclusiva.
Jean Ping falava Quarta-feira, em Malabo, a capital da Guiné Equatorial, na abertura da XV Cimeira do Fórum de Revisão dos Pares (APR), que juntou cerca de 30 Chefes de Estado e de Governo dos países membros desta iniciativa, entre os quais o presidente moçambicano, Armando Guebuza.
O evento decorreu a margem da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana.
Na sua curta declaração, Jean Ping defendeu que o Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP) constitui um instrumento através do qual os Estados podem garantir o estabelecimento de políticas de governação inclusiva e participativa.
Segundo o Presidente da Comissão da UA, os vários intervenientes da vida política e socio-económica devem encarar o MARP como uma oportunidade para realização desse desidrato.
Por sua vez, o presidente do Painel do APR, o Professor Mohammed Séghir Babés, pediu aos Chefes de Estado e de Governo para criarem mecanismos visando capacitar cada vez mais esta instituição.
Para o efeito, o Professor Babés pediu para que os líderes africanos tomem uma decisão, dando ao presidente do Painel o mandato de celebrar acordos com alguns países membros, tendo em vista a autonomização da instituição.
Relativamente aos progressos alcançados pelo painel da APR, Babés destacou o facto de um número crescente de países africanos estarem a aderir ao Mecanismo de Revisão de Pares (MARP).
Neste aspecto, ele qualificou a entrada da Guiné Equatorial no MARP como sendo um novo ciclo nesta iniciativa criada em 2003, a luz, da Nova Parceria para o Desenvolvimento de Africa (NEPAD).
Actualmente integram o MARP a Argélia, Angola, Benin, Burkina Faso, Camarões, Congo, Djibouti, Egipto, Etiópia, Gabão, Gana, Quénia, Lesoto, Libéria, Malawi, Mali, Mauritânia, Maurícias, Moçambique, Nigéria, Ruanda, São Tome e Príncipe, Senegal, Serra Leoa, África do Sul, Sudão, Tanzânia, Togo, Uganda e Zâmbia.
Entretanto, a XVII Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA arranca na manhã desta Quinta-feira, no Complexo de Sipopo, arredores de Malabo, sob lema “Acelerar o Empoderamento da Juventude, para o desenvolvimento sustentável”.
Fonte: (AIM) - 30.06.2011
Reflectindo: a XVII Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da UA arranca na manhã desta Quinta-feira, no Complexo de Sipopo, arredores de Malabo, sob lema “Acelerar o Empoderamento da Juventude, para o desenvolvimento sustentável”.
Eu questiono sobre quem são os representantes dos respectivos países na Cimeira de Malabo? Representantes de instituicões estatais e governamentais ou partidárias? Na UA há também confusão de Estados/governos e partidos governamentais?
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