Parece que há pessoas que ainda não sabem que a saúde é a nossa maior riqueza neste mundo. Por isso é preciso valorizá-la, dar carinho e sobretudo cuidá-la. Um político precisa de ter saúde para desenvolver as suas actividades, um estudante precisa de saúde para ir à escola, o motorista precisa de saúde para conduzir o carro, os professores precisam de saúde para leccionar, uma criança precisa de saúde para crescer bem, os nossos presidentes precisam de saúde para dirigirem sem problemas. Todos nós precisamos de saúde.
É por causa disso que ficamos tranquilos quando a-propósito o Governo do nosso país promove campanhas de vacinação de crianças contra sarampo e mortalidade infantil, como aquela que aconteceu de 23 a 28 de Maio passado em todo o território nacional menos Nampula, por sinal a província mais populosa de Moçambique. Aliás, todos sabemos que não houve vacinação de crianças na província de Nampula, embora a campanha fosse de âmbito nacional, por alegadas questões de natureza organizacional, isso foi largamente noticiado por vários órgãos de comunicação social.
O adiamento da referida campanha em Nampula, que as pessoas ouviram incrédulas, é ultimamente tema de conversa naquele ponto do país e é igualmente unânime que a justificação não é convincente, pois que qualquer campanha de vacinação daquela dimensão é preparada minuciosamente, em termos técnicos, logísticos e humanos.
Uma campanha de vacinação daquela envergadura, é de grande profundidade que exige maior reflexão e mudança, daí que não nos podemos conformar com a sua não realização nesta região. Claro que o sentimento geral, nesta parcela, é de pessimismo e frustração. Porque é que Nampula ficou “fora” da campanha? São as perguntas que as pessoas fazem com insistência aqui na capital do norte.
Mas do que se diz é que a razão principal da não realização da vacinação das crianças não terá sido essa, mas sim, ela teve um cunho de prudência e do “politicamente correcto”, isto é, o adiamento terá sido condicionado pela visita do Presidente da República. Verdade ou não, mas o que se diz é isso, mesmo algumas figuras ligadas ao partido no poder na província de Nampula.
Quem pagou caro não só foram crianças que deveriam ser vacinadas atempadamente, mas também os próprios progenitores, visto que devido à falta de informação sobre o adiamento da vacinação, fez com que muitos deles (pais), formassem bichas infindáveis logo muito cedo nos dias marcados nos postos de saúde indicados para o efeito, pelo menos foi isso que se assistiu na cidade de Nampula.
Mas o mais importante é ouvir que Nampula não ficará “fora” definitivamente da campanha de vacinação contra sarampo e mortalidade infantil, porque as crianças da província terão uma oportunidade neste mês, de receber essa vacina.Na realidade é preciso que façamos felizes as nossas crianças, estas que segundo o saudoso Samora Machel, são flores que nunca murcham, claro que para tal precisam de saúde e Nampula não podia ser excepção. Espero que a campanha não seja feita antes de haver sido criadas as condições técnicas de suporte, humanas e outras, pois houve tanto tempo para o efeito. Viva 1 de Junho!
Fonte: Notícias - 02.06.2011
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