Situações de despedimentos arbitrários aos funcionários públicos, supostamente protagonizadas pela administradora, Maria Felisbela Lázaro, e de cobranças ilícitas promovidas pelo chefe do posto administrativo de Chipene, Manuel Amisse, no distrito de Memba foram denunciadas, semana passada, ao Chefe de Estado, Armando Guebuza, na sua recente visita de trabalho àquela região costeira da provincia de Nampula.
Felisbela Lázaro e Manuel Amisse, auto-intitulados de veteranos da Frelimo, partido no poder em Moçambique, são, ainda, acusados de “uso indevido” dos fundos de desenvolvimento distrital e de algumas receitas do Estado.
Em Chipene, a cerca de 90 quilómetros da sede do distrito de Memba, uma mulher, identificada pelo nome de Lucinda Maurício, pediu a palavra para falar sobre o alegado despedimento, por ordens da administradora do distrito, do seu marido, docente de profissão e antigo secretário distrital do Sindicato Nacional de Professores (ONP), em Memba.
Por seu turno, Rogério Arlindo Warte, morador da vila-sede do posto, denunciou ao Presidente Guebuza alguns actos de cobranças ilicitas aos vendedores informais locais.
Warte acusa o chefe do posto de pratica de assédio sexual, no seu próprio gabinete de trabalho, a duas meninas, de nome Anifa José Manuel e Filomena Ciporo, acusação, entretanto, refutada pelo visado.
De referir que Manuel Amisse foi transferido do posto administrativo de Itoculo, distrito de Monapo, para Chipene em Outubro do ano passado. Enquanto Felisbela Lázaro, antiga directora do Gabinete Provincial de Combate à Droga, trabalha em Memba há cerca de quatro anos.
Ao Wamphula fax, a administradora escusou-se a tecer qualquer comentário à volta desta matéria, mas a nossa reportagem soube de outras fontes que o professor despedido está, também, envolvido num esquema que as autoridades de educação consideram “violação flagrante” ao Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado.
De acordo com as mesmas fontes, enquanto coordenador da Zona de Influência Pedagógica (ZIP) nas regiões de Chipene e Mazua, o professor em causa teria, ilegalmente, fundado uma escola comunitária sem o consentimento das autoridades governamentais.
Fonte: Wamphula Fax in @Verdade - 08.06.2011
Reflectindo: fundar uma escola comunitária sem autorizacão das autoridades governamentais pode levar à expulsão no Aparelho do Estado? Parece uma medida muito pesada, considerando que a accão em si em humanitária.
Sem comentários:
Enviar um comentário