O presidente da Fundação Mo Ibrahim considera que a Europa “não tem o direito de dar lições aos africanos” em matéria de transparência, quando continua a permitir que as suas empresas se envolvam em “negócios duvidosos” no continente africano.
Em entrevista à agência Lusa, à margem da reunião anual do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que decorre até esta sexta-feira, em Lisboa, o multimilionário e filantropo sudanês Mo Ibrahim exigiu à Europa que siga os “mesmos standards” que exige aos países africanos em matéria de transparência.
“As grandes empresas petrolíferas ou outras multinacionais europeias que queiram investir em África são bem-vindas, a única coisa que exigimos é um negócio limpo. E um bom começo seria que os contratos que essas empresas assinam fossem mais transparentes”, vincou o presidente da Fundação Mo Ibrahim, que anualmente divulga um índice que avalia a boa governação em África.
Fonte: O País online - 10.06.2011
7 comentários:
Nguiliche
Quem puxa estas empresas para negocios menos transparentes por querer comissoes para poder ganhar concursos ou por quererem ser socios sem entrar com nenhum capital? Essas empresas acabam aceitando como regra de Africa. Quantos administradores ameacam ONGs nos confins dos distritos se estes nao aceitarem que seus trabalhos sejam apresentados como de esforco local(presidencia aberta)?
Nguiliche
... para lixar uma ONGs que nao quer colaborar é simples. Basta escrever um relatorio a dizer que ONGs X apoio partidos da oposicao(Renamo ou MDM) é suficiente para ficar tramado.
Caro Nguiliche,
Se calhar Mo Ibrahim não sabe bem o que se passa em cada país. Posso concordar com Mo Ibrahim que a Europa devia ajudar-nos a combater a corrupcão denunciando a exigência das luvas pelo governantes.
O mesmo acho quanto às ONGs, mais do que aceitarem escrever mentiras nos seus relatórios deviam denunciar as aldrabices.
Quando há pressões do tipo que Nguiliche refere, a ONG devia logo dizer que vai abandonar os projectos, informando publicamente as razões.
Temos que recusar a corrupcão.
Os Europeus e Americanos nao sao justiceiros por que tem interesses seus, mas sao razoaveis. O unico justiceiro que andou na Terra, que eu conheço, foi Jesus Cristo que negou de esquinar para almoçar, mulitplicou o pao e peixe para que todos que estavam ali comecem. Era preciso que um país europeu intervisse na Costa do Marfim para acabar com a situaçao de país sem governo, para evitar o surgimento de uma segunda Somalia. Agora os africanos estao tentando desacreditar o governo de Quattara para depois dizerem que se tentou impor uma soluçao do problema. As sançoes no zimbabwe prjudicaram muito o povo Zimbabweano que o regime do Mugabe
Os Europeus e Americanos nao sao justiceiros por que tem interesses seus, mas sao razoaveis. O unico justiceiro que andou na Terra, que eu conheço, foi Jesus Cristo que negou de esquinar para almoçar, mulitplicou o pao e peixe para que todos que estavam ali comecem. Era preciso que um país europeu intervisse na Costa do Marfim para acabar com a situaçao de país sem governo, para evitar o surgimento de uma segunda Somalia. Agora os africanos estao tentando desacreditar o governo de Quattara para depois dizerem que se tentou impor uma soluçao do problema. As sançoes no zimbabwe prjudicaram muito o povo Zimbabweano que o regime do Mugabe
Nguiliche
... a retirada de empresa ou ONG prejudicaria mais o POVO que as pessoas que se pretende atingir. Lembra das fotografias do Tsivangirai com ligaduras na cabeça. Africa está em democracia no período medieval. Para os americanos e europeus está claro que a vitoria do Khadafi na libia vai custar a vida de muitas pessoas na libia que a vitoria da oposição, sem querer dizer que os europeus e americanos nao tem outros interesses na libia, mas os africanos ainda insistem em tentar manter(salvar) o amigo. O heroi tem o seu tempo, nao ha heroi de todos os tempos.
Nguiliche, entendo que a retirada de qualquer apoio prejudicaria à populacão, mas do que vale dar glórias aos "gangs" (nome sugerido pelo secretário-geral da Ojfrelimo)?
Penso que retirada a tal ajuda, a populacão ficará a conhecer o responsável do seu sofrimento.
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