UMA confusão instalou-se no seio do Governo de Unidade Nacional (GUN) queniano, depois de o primeiro-ministro Raila Odinga ter anunciado a suspensão dos ministros da Agricultura e da Educação, por alegado envolvimento num escândalo de corrupção, antes do presidente queniano, Mwai Kibaki, anular as suspensões.
No Quénia multiplicaram-se nos últimos dias apelos para a demissão de ministros, depois de milhões de dólares de fundos públicos terem sido desviados, num escândalo que envolveu os pelouros da Educação e Agricultura.
O Primeiro-Ministro, Raila Odinga, tomou uma medida rara no país ao anunciar a suspensão de dois ministros devido a "provas incriminatórias" e para o Governo conduza investigações justas, independentes e abrangentes é importante que ambos os ministros se afastem”, segundo Odinga.
Os resultados das investigações deram conta do desvio de 26 milhões de dólares no escândalo relacionado com o milho e mais de um milhão de dólares foram roubados num esquema no sector da educação.
O ministro da Agricultura, William Ruto, contestou a sua suspensão, alegando que tal medida só poderia acontecer por ordens do Presidente razão pela qual continuaria no exercício das minhas funções.
E, de facto, horas depois das suspensões terem sido anunciadas, o Presidente Mwai Kibaki anulou-as, afirmando que não tinha sido consultado e que o primeiro-ministro não tinha autoridade para tomar tais medidas.
Analistas acreditam que este assunto representa um grande teste para o Governo de unidade nacional queniano.
Fonte: Jornal Notícias (16.02,2010)
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