A ministra burundesa do Género e Direitos Humanos, Rose Nduwayo, foi demitida por ter continuado a receber um salário paralelo de professora do secundário nos últimos três anos, anuncia um decreto presidencial divulgado no fim-de semana.
A malversação estimaria-se em cerca de três milhões de francos burundeses (cerca três mil dólares americanos) entre 2007 e finais de 2009, segundo a mesma nota.
Antes de ser nomeada ministra, Rose Nduwayo ensinava a língua francesa no Liceu da Dignidade em Bujumbura, capital do país.
Nduwayo se juntou assim, na aposentação antecipada, ao seu ex-colega da Água, Energia e Minas, Samuel Ndayiragije, despedido em Novembro de 2009 por ter mal gerido um dossier relativo à anulação de uma dívida entre o Estado burundês e a Empresa Internacional para a Energia dos Grandes Lagos (SINELAC).
A decisão unilateral do ex-ministro Ndayiragije de perdoar a dívida da SINELAC para com o Burundi teria custado ao Tesouro Público Nacional mais de 30 milhões de dólares americanos, denunciou a Presidência da República.
O novo despedimento de um membro do Governo burundês acontece na sequência de uma declaração atroadora do presidente do Observatório da Luta Contra a Corrupção e Malversações Económicas (OLUCOME), Gabriel Rufyiri.
Este Observatório independente pressionou ainda o Estado burundês quinta-feira para trazer de volta aos cofres do Tesouro Público mais de 300 biliões de francos burundeses (cerca de 300 milhões de dólares americanos) desviados nos últimos anos.
Fonte: Angola Press (08.02.2010)
Reflectindo: há países africanos que combatem a corrupção e abuso da coisa pública a partir do topo.
2 comentários:
Pois caro reflectindo, que inveja desse país, nestas bandas isso nem é motivo de questionamento, de tão "insignificante" que o assunto representa...
Aí está, Gata. Na nossa terra havia se dizer que é porque a ministra tinha um salário baixo e ademais ela seria promovida por ter por demonstrado a capacidade de roubar dos cofres do Estado.
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