A ter fé nos prognósticos avançados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), até 2020 Moçambique poderá tornar-se no segundo maior produtor e exportador do carvão mineral em toda a África. O facto fica a dever-se à crescente procura do mineral moçambicano pelas companhias mundiais do ramo, desmotivadas pelas constantes subidas dos preços dos combustíveis fósseis no mercado internacional, de acordo ainda com o BAD, salientando que “Moçambique poderá ganhar benefícios com o actual cenário caracterizado pela subida dos custos do petróleo, provocando uma grande procura de carvão no mundo”.
Depois da África do Sul, grande parte dos investimentos projectados pelas companhias mundiais de mineração estão a ser canalizados para Moçambique, de acordo igualmente com aquela instituição financeira africana, acrescentando que “o facto reforça a posição de Moçambique como potência energética devido ao aumento da produção de carvão e da electricidade para abastecer os mercados regionais”.
O BAD realça que “alguns países africanos poderão tirar vantagens com o actual cenário caracterizado pelos custos elevados do petróleo no mercado internacional, provocando uma grande procura de combustíveis alternativos”.
Os preços mais baixos por unidade energética e um maior rácio de reservas/produção são outros factores que concorrem para a procura maior de carvão mineral moçambicano. “Depois de importantes investimentos de multinacionais como a Vale e Riversdale Mining, tudo indica que as próximas aplicações de vulto, em Moçambique, poderão ser de firmas mineiras da Índia”, enfatiza o Banco Africano para Desenvolvimento. Companhias como a Steel Authority of India, Rashtriya Ispat Nigam e Coal Índia são apontadas como as que vêm manifestando interesse pela exploração do carvão mineral moçambicano.
Fonte: Correio da Manhã in @ VERDADE (16.02.2010)
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