A circulação das embarcações que estão fazer a ligação marítima entre as cidades de Maputo, Matola e o distrito de Boane, através do posto administrativo da Matola-rio, na província do Maputo, no sul de Moçambique, esta limitada devido à falta de passageiros.
Ernesto Nhambi, administrador da Transmarítima, instituição que gere as embarcações, revelou que desde que os barcos começaram a operar, no dias 23 de Janeiro ultimo, são poucas as pessoas que preferem este serviço, daí não se justificar a colocação de todas as embarcações a navegar. Nhambi disse que as embarcações não foram definitivamente retiradas da circulação, apenas estão a circular com limitações, medida que visa conter os gastos decorrentes da movimentação destas unidades sem rendimento.
“Os barcos estão a circular de uma forma limitada. Um fica posicionado no atracadouro da Matola-Rio e está sempre pronto a iniciar a viagem quando houver um determinado número de passageiros que justifique a sua movimentação”, disse Nhambi, adiantando que não se justifica movimentar um barco com capacidade de 70 passageiros para transportar menos de dez. Segundo explicou, cada uma das três embarcações baptizadas pelos nomes de “Mulauze”, “Baía” e “Paulo Santos” consome 130 litros de gasóleo, quantidades que requerem gastos monetários elevados para a sua aquisição, “daí a necessidade de contenção de gastos sempre que necessário”.
A previsão, segundo Nhambi, era de que o “Mulauze”, também chamado “Táxi Marítimo”, efectuasse oito viagens diárias e o “Paulo Santos” apenas quatro, cobrando tarifas que variam de quatro a trinta meticais, dependendo do percurso. Segundo Nhambi, citado pelo “Noticias”, aventa-se a possibilidade de as tarifas praticadas serem elevadas como uma das razões que inibe os passageiros de optarem por aquele serviço, se tomar em consideração que a maior parte dos residentes da Matola recorre ao transporte rodoviário, que e’ mais barato, para chegar aos seus destinos.
O “Mulauze” cobra a tarifa de 30 Meticais (cerca de um dólar) entre os dois extremos e a “Paulo Santos” 21 Meticais para o mesmo trajecto, numa zona onde os Transportes Públicos de Maputo cobram cinco Meticais e o semi-colectivo de passageiros (vulgo chapa) cobra 7,5 Meticais por passageiro no trajecto Maputo/Matola.
As embarcações têm uma capacidade para transportar cerca de 70 pessoas cada, tem como terminais as pontes-cais de Maputo e Matola-Rio, com uma paragem intermediária na Escola de Pesca. Espera-se que esta acção seja brevemente complementada com a conclusão dos trabalhos em curso, de forma a estender esta rota até ao bairro da Costa do Sol e ao Distrito Municipal da Inhaca, todos na cidade de Maputo.
Fonte: AIM in @Verdade (03.02.2010)
Reflectindo: assim vai a nossa planificacão!?!?!?
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