A Primeira Ministra Luísa Diogo desdramatizou as leituras em torno do alarme sobre a corrupção em Moçambique, recentemente lançado através da USAID.
A governante moçambicana descartou igualmente a hipótese do actual cenário poder levar o seu país a sofrer cortes na ajuda internacional.
O relatório da USAID, recorde-se, dizia que o futuro de Moçambique poderá estar em risco devido à corrupção.
Os pronunciamentos da Primeira-Ministra moçambicana contrariam, diametralmente, alguns dos adjectivos escolhidos por parte da imprensa local para qualificar o relatório da USAID: demolidor, alarmante, comprometedor.
Um documento que fala de uso indevido de fundos públicos, de situações claras de conflito de interesse, esquemas visando beneficiar amigos, familiares e aliados políticos e decisões políticas e eleitorais que reduzem o espectro de escolha democrática e a participação do cidadão.
A pesquisa encomendada pela USAID refere-se ainda a alegações sobre ligações entre funcionários governamentais corruptos e o crime organizado.
Luísa Diogo disse que, por não se ter tratado de uma pesquisa encomendada pelo seu governo, não cabia a Moçambique pronunciar-se sobre se aprovava ou não o documento.
`É um documento de referência. É um trabalho que foi feito; tem os seus defeitos, tem as suas qualidades, deve ser olhado de forma crítica. Mas não estamos preocupados com a possibilidade de nos criar problemas´
Suspeitas de corrupção, nomeadamente irregularidades na aplicação de fundos, levaram a Dinamarca a anunciar em Dezembro de 2005 a suspensão da sua assistência ao sector da educação na Província da Zambézia, no centro do país, na sequência da descoberta de irregularidades na aplicação de fundos por si disponibilizados.
Luísa Diogo disse que se tratava de um documento feito por consultores e afirmou que não tinha informações de que o governo norte-americano o tivesse endossado...
fonte: BBC
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