Alegadamente, ex-ministro do interior gastava um bilião de meticais/mês em despesas da sua casa.
O ex-ministro do Interior, Almerino Manhenje, o actual vice-ministro dos Transportes e Comunicações, Ernesto Augusto, Rosário Fidelis (ex-director das Finanças do MINT), um funcionário apenas identificado por Colete (então responsável pela logística da residência oficial de Manhenje) e outro chamado Januário, ex-logístico da Escola de Formação Policial de Matalane entre outros foram recentemente ouvidos no Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) no processo número 013/GCCC/PGR/2006 relativo ao suposto desvio de 200 biliões de meticais.
Segundo fontes credíveis e bem colocadas no Ministério do Interior, os indiciados arrolados naquele processo ainda em instrução preparatória pelo Ministério Público, já foram notificados e prestaram as suas declarações na `Anti-Corrupção´.
Ainda de acordo com as fontes, `alguns dos arrolados são apenas bodes expiatórios, pois os principais visados e envolvidos são pessoas que geriam departamentos ligados aos fundos do Estado.
Ernesto Augusto, Rosário Fidelis, Colete e Januário são à partida as principais peças no processo, incluindo o ex-ministro, Almerino Manhenje´.
Alguns funcionários indiciados e já ouvidos no GCCC sobre o mesmo processo, confirmaram a sua ida áquela instituição criada para investigar casos de corrupção e desvio de fundos do Estado. Eles disseram que a audição aconteceu e pediram que fossem omitidos os seus nomes para não perturbarem as investigações do GCCC nesta fase.
`Os investigadores sabem quem são as pessoas que procuram, supostamente envolvidas no desvio de fundos do Estado, pois não se explica que pessoas que não geriam fundos nem departamentos ligados à gestão dos mesmos estejam implicadas´, frisaram fontes de alta patente no ministério actualmente dirigido por José Pacheco.
Segundo as fontes, a direcção nacional de logística é a que mais fundos gasta no MINT por compras de diversos bens e materiais para a Polícia, bem como para o próprio ministério, `mas nada de vulto era visto naquela altura que justificasse tais gastos.´.
Acrescentaram que o então chefe da logística da residência oficial de Almerino Manhenje `gastava cerca de um bilião de meticais/mês, em compras para a residência oficial do ex-ministro. O mais estranho é que os responsáveis de finanças nunca questionavam tais gastos astronómicos´, afirmaram alguns arrolados no processo.
Segundo as mesmas fontes, Almerino Manhenje `é o principal culpado por tudo, pelo facto de ter sido apenas o `boss´ do MINT, mas o desvio dos fundos pode não ter sido do seu conhecimento´, afirmaram...
Retirado na íntegra do imensis com fonte (15-06-06
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