O DIRECTOR provincial adjunto da Educação e Cultura na província de Nampula, António Pilali, desmentiu alegações do delegado político do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), Isidro Assane, segundo as quais a atribuição de bolsas de estudo dependia da coloração política dos candidatos.
Na semana passada, Assane veio a público acusar a direcção do pelouro de estar a discriminar concorrentes a bolsas, particularmente a membros do PDD, apesar de não ter avançado qualquer evidência. Disse apenas que tomou conhecimento destas alegações em encontros que manteve com membros e simpatizantes da sua agremiação, mas não apontou um caso que sustentasse tais acusações. "O que se passa é que os professores que são membros do PDD são forçados a renunciar ao partido para não serem transferidos compulsivamente para outras partes da província. Esta atitude não favorece a democracia que estamos a consolidar no nosso país", disse.
Sem indicar um único caso, a fonte que estamos a citar alegou também que por motivações partidárias, os professores que militam na organização sofrem descontos arbitrários. Disse apenas terem ocorrido casos do género nos distritos de Meconta e Eráti. "Devo sublinhar que nós, como partido da oposição, estamos apenas preocupados em contribuir para o desenvolvimento do nosso país. Por isso temos promovido acções de sensibilização das populações para se prevenirem do HIV/SIDA, para combaterem as queimadas descontroladas e guardarem reservas alimentares para épocas de estiagem", referiu.
Reagindo às acusações, o director provincial da Educação e Cultura, em Nampula, António Pilali, explicou que o pelouro que dirige nunca recebeu queixas de quem quer que seja sobre casos de discriminação na atribuição de bolsas com base em critérios partidários. "Não vejo nenhum fundamento em tais acusações. As bolsas no nosso ministério nunca foram atribuídas com base em cores políticas. Por outro lado, os professores nunca foram promovidos por esse mesmo critério. nós promovemos os nossos quadros tendo em conta as suas capacidades e experiência profissional. O que nós informamos aos professores é que não devem misturar questões políticas no desempenho das suas funções", aclarou.
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