O ENSINO superior no país deverá disponibilizar, até 2010, cerca de 62 mil vagas, contra as actuais 28 mil, em resultado da expansão verificada na área, segundo dados divulgados ontem em conferência de Imprensa pelo Ministério da Educação e Cultura, a propósito da aprovação, esta semana, pelo Conselho de Ministros, do Plano Estratégico do sector para 2006/2011.
Ao mesmo tempo, prevê-se que haja uma forte alteração ao nível do ensino secundário, que anualmente regista uma subida de 20 a 25 porcento de ingressos. Assim, até 2010/11, período em que o plano será implementado, o horizonte aponta que o sector terá um milhão de alunos neste nível, para em 2015, ano definido para as metas do milénio, atingir 1.4 milhão de alunos, contra as actuais 350 mil.
O Ensino Técnico-Profissional deverá passar de 37 mil para 78 mil, o Ensino Secundário do 2º Ciclo dos actuais 54 mil para 227 mil, o Ensino Primário do 1º Grau de três milhões e 400 mil alunos para quatro milhões e 400, e o Ensino Primário do 2º Grau dos actuais 53 mil para um milhão e 100 mil alunos.
Falando a jornalistas na companhia de outros directores nacionais, Manuel Rego, responsável pela área de Planificação e Cooperação Internacional no MEC, disse que o plano ontem apresentado irá consumir cerca de três biliões de dólares até 2010.
Anualmente, disse, serão aplicados 600 milhões de USD, valores a serem desembolsados pelo Orçamento do Estado e parceiros de cooperação.
Explicou que o Plano Estratégico ora aprovado está dividido em 20 componentes que se julgam pertinentes para as diversas áreas de ensino, nomeadamente ensino primário, secundário, formação de adultos, tecnologias de comunicação e formação, género, desenvolvimento institucional, cultura e infra-estruturas.
"Fundamentalmente, o mesmo tem por objectivo melhorar a qualidade de ensino em todos os sistemas, desenvolvimento da capacidade institucional para garantir sustentabilidade dos serviços educacionais, promover o desenvolvimento da cultura e expandir o acesso do ensino.
Particular ênfase do mesmo vai para o Ensino Técnico-Profissional e secundário", disse a fonte. Para a área da cultura, o plano indica que as prioridades recaem para o fortalecimento da moçambicanidade, no âmbito da unidade na diversidade, preservação e valorização do património cultural, promoção da cultura para o desenvolvimento, assim como desenvolvimento e fortalecimento da capacidade institucional e infra-estruturas.
Formação e contratação de professores, ensino à distancia e especial, alfabetização, HIV/SIDA, saúde, produção e desporto escolar figuram entre as prioridades do plano.
Fonte: Notícias
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