No último sábado, o Presidente da República apresentou à população de Tete a sua versão sobre a crise económica que o país está a atravessar, marcada pelo corte de financiamento.
“Estamos a viver um momento difícil”, disse no comício popular, no distrito de Chifunde, e justificou: “Aqueles países que financiavam, ajudavam com dinheiro, já não estão a dar, porque também têm os seus problemas nos seus países.
A economia está mal em todo o lado. Vocês vêem, aqui no Malawi, as coisas não estão bem; aqui na Zâmbia, as coisas não estão bem. Os que estão no sul estão a ver que as coisas não estão bem; os que estão na fronteira com o Rovuma (Niassa e Cabo Delgado) estão a ver que lá na Tanzânia as coisas não estão bem. Então, é preciso nós pensarmos o que fazer. Produzir mais e criar condições para produzir aquilo que é preciso produzir, em todos os momentos”.
Na sequência, explicou que Moçambique está a consumir mais do que produz, o que aumenta a dependência externa. “A situação económica do país precisa de mais trabalho. Agora, caracteriza-se por fraca produção e estamos a comprar mais coisas de fora do que vendemos para fora. Significa que nós comemos aquilo que não produzimos”.
O corte da ajuda externa por parte do Fundo Monetário Internacional e de alguns países, como o Reino Unido, que apoiam o Orçamento do Estado, devido às dívidas ocultadas desde 2013, não foi mencionado na comunicação de Filipe Nyusi. Referiu-se, sim, à baixa do preço no mercado internacional de produtos de exportação nacional, como carvão mineral, tabaco e algodão.
Fonte: O País – 30.05.2016
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