Uma delegação moçambicana foi impedida pela representação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), no Malawi, de visitar os campos de Kapise e Luwani, onde encontram-se refugiados moçambicanos que fugiram aos confrontos entre o exército e a Renamo.
A Rádio Moçambique (pública) noticiou que a delegação deslocou-se ao Malawi depois do entendimento alcançado entre os Presidentes Filipe Nyusi e Peter Mutharika no passado dia 25 de Abril em Lilongwe, que abriu espaço para os dois governos encontrarem caminhos para o regresso dos moçambicanos.
No entanto, a representação do Acnur no Malawi alega só a sua sede em Genebra pode autorizar a visita aos dois centros, tendo em conta as convenções internacionais.
O Alto Comissariado considera que os governos de Moçambique e do Malawi devem formalizar a decisão política dos Chefes de Estado sobre orepatriamento e advertiu que, caso contrário, os refugiados moçambicanos não poderão sair do Malawi.
Aquela agência das Nações Unidas, citada pela rádio pública, manifestou ainda o seu desconhecimento em relação aos moçambicanos que estão a regressar à localidade de Nkondedzi, distrito de Moatize, alegadamente devido às precárias condições de vida em Kapise e ao restabelecimento do ambiente de paz naquela região.
As autoridades malawianas e o Acnur dizem que estão em Kapise cerca de 9.628 deslocados moçambicanos.
Outros 880 moçambicanos estão integrados nalgumas famílias em Chikwawa e os restantes 439, em Luwani.
Fonte: Voz da América - 14.05.2016
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