O Gabinete Central do Combate a Corrupção (GCCC) está no encalce de um cidadão identificado pelo nome de Ricardo João Giquina, considerado cabecilha pela fraude de 36 milhões de meticais (um dólar equivale a 55 meticais), ocorrido no Comando do Exército moçambicano, no período compreendido entre 2010 e 2015.
No caso tambem estão envolvidos mais dois militares nomeadamente, Adbul Alfredo Ismael e Ernesto Armando Rufino, que estão actualmente detidos desde que o GCCC acusou-os há duas semanas, enquanto o terceiro está a monte desde que despoletou a burla.
Giquina, que se encontra fugitivo desde que os seus colegas foram encarcerados, é um dos mentores da fraude nas finanças do Comando do Exército, escreve a edição de hoje do jornal Notícias.
Os indiciados, que exerciam a função de processador de salários, pesam os crimes de burla por defraudação, abuso de cargo e branqueamento de capitais.
Um comunicado do GCCC emitido há cerca de uma semana refere que também foram detidos cinco civis em conexão com o caso.
Para efectuar este procedimento ilícito, os funcionários pagavam a si mesmos e a outros funcionários, salários e subsídios em elevadas somas de dinheiro, furtando-se de aplicar a tabela salarial em vigor no sector, tendo os factos ocorrido nos anos de 2010 e 2015, lê-se na fonte.
O GCCC explica que para o efeito, no acto de tratamento mensal da informação atinente ao pessoal com vista ao pagamento de salários por via do programa informático estabelecido no sector de vencimentos, os visados incorporavam os colegas, familiares e conhecidos, e inscreviam, também, outras contas suas, logrando assim auferir, em certos meses, entre três a sete salários, alguns deles acima dos 100 mil meticais.
Após a dedução da acusação, o processo-crime foi remetido ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo para ulteriores trâmites processuais.
Fonte: AIM - 21.05.2016
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