O Presidente da Vila Municipal de Cuamba, província de Niassa, norte de Moçambique, Arnaldo Maloa, renunciou segunda-feira o cargo, tendo aliás apresentado a carta com o pedido de demissão à Assembleia Municipal no passado dia um do mês em curso.
O convite para a apresentação da carta de renúncia foi, segundo o Jornal 'O País' feito pela direcção central do partido Frelimo, após as denúncias contra as edilidades de Cuamba, Pemba, Quelimane, Chókwè e Manhica, nas províncias de Niassa, Cabo Delgado, Zambézia, Gaza e Maputo.
Segundo as estruturas de base do partido no poder, os visados são acusados de gestão ruinosa dos fundos, para além de terem ignorado bastas vezes as decisões e recomendações do partido a nível local e para purar a veracidade dos factos a Comissão Política mandatou uma equipa antes da consumação da ordem.
No sentido de evitar uma humilhação e um possível aproveitamento político por parte da oposição, a Frelimo, ao invés de esperar por uma sindicância do governo, que podia culminar com uma eventual perda de mandato, o partido terá 'aconselhado' os autarcas a escreverem cartas de renúncia e submetê-las à Assembleia Municipal respectiva.
Com efeito, Arnaldo Maloa foi o primeiro a acatar a recomendação e, no passado dia 1 de Agosto, submeteu a respectiva carta de renúncia à Assembleia Municipal de Cuamba, alegando motivos de força maior mais concretamente a necessidade de continuar os estudos, em virtude de ter acedido a uma oportunidade única e inadiável.
'Deve-se a uma situação profissional poderosa. Ganhei uma bolsa para estudar e a lei orgânica prevê que quando é assim, normalmente, o edil tem que fazer a interrupção e colocar à disposição o cargo', disse Maloa ao ' OPaís' a tentar explicar as razões que o levam a abandonar o Município de Cuamba, ao qual jurou dedicar as suas forças durante cinco anos.
Quatro outros edis poderão renunciar aos cargos nos próximos dias, e são adiantados os nomes de Pio Matos de Quelimane, Sadique Yacub de Pemba, Jorge Macuácua de Chókwè e Alberto Chicuamba da Vila da Manhiça.
Fonte: (RM/AIM)in Rádio Mocambique - 09.08.2011
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