Activistas dos direitos humanos de quatro países reuniram-se, em Luanda, para apresentar temas para discussão na Cimeira que hoje inicia. Consta das questões a corrupção em Angola e em Moçambique.
Activistas dos direitos humanos e membros de organizações da sociedade civil de Moçambique, Angola, Zimbabwe e Malawi reuniram-se em Luanda, capital angolana, para definir uma espécie de “agenda paralela” para os chefes de Estado e de Governo, durante a XXXI Cimeira, reporta o jornal angolano Zwela.
Segundo o jornal, na reunião dos activistas, os representantes de Angola e Moçambique foram críticos, sendo que colocaram a corrupção como uma questão comum entre os dois países. O activista moçambicano Leopoldo Amaral, citado pelo Zwela, diz ter constatado alguns exemplos e adianta: “há quase que um plano deliberado de criar condições para que certas pessoas, ligadas à política, tenham acesso aos grandes negócios no país e aos grandes recursos naturais como a pesca e às áreas industrial e mineira”, afirmou.
Já Fernando Macedo, docente universitário angolano defende que o facto de o Movimento Popular de Libertação de Angola e o seu presidente, José Eduardo dos Santos, estarem, há muito tempo no poder, retira uma questão vital em democracia, a oportunidade igual. “A não vitalicidade do poder tem a ver com o direito de igualdade, de tratamento e de oportunidades. Se alguém centraliza o poder, está a violar os direitos humanos”, explica Macedo.
As conclusões da referida agenda paralela da sociedade civil serão apresentadas aos peritos dos 14 Estados-membros da SADC.
FONTE: O País online - 17.08.2011
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