terça-feira, agosto 16, 2011

Por extorsão: Agente alfândegário “apanhado” nas malhas do Gabinete Anti-corrupção na Beira

Uma equipa do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala deteve ontem, na cidade Beira, Elias Armando Massango, agente das Alfândegas de Moçambique, surpreendido em flagrante a extorquir cem mil meticais a um empresário do sector madereiro chinês. O Montante era parte de um “bolo” de cerca de dois milhões de meticais que o indiciado tinha exigido à vítima.

O matutino Diário de Moçambique escreve na sua edição de hoje, 16, ter apurado que Massango e colegas, estes em parte incerta, teriam iniciado o esquema extorsão na passada sexta-feira em troca da anulação ou redução de uma multa, não especificada, que Al Lin Chin Chien, proprietário da empresa Tay Yeh Moz, Lda, deveria pagar, na sequência de uma alegada infracção.

Os cem mil meticais, em notas de mil, agora nas mãos das autoridades, foram desembolsados após os contactos nesse sentido, defronte do edifício dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) — Centro.

Foi nessa altura que o agente alfândegário terá sido abordado por funcionários do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala, pedindo-lhe as necessárias explicações.

Em declarações a jornalistas, Elias Armando Massango escusou-se a entrar em detalhes sobre o assunto, limitando-se a dizer que a acusação era infundada. “Não constitui verdade o que dizem, porque o empresário vinha pagar alguma taxa... estou detido inocentemente”.

O advogado daquela empresa madeireira, Alberto Sabe, confirmou o suborno, explicando aos jornalistas que Elias Massango integra um grupo de agentes alfandegários que exigiram ao seu cliente o pagamento de dois milhões de meticais, alegadamente para anular uma multa simulada, que não foi sequer comunicada ao proprietário da empresa Tay Yeh Moz, Lda.

Sabe anotou que quando o seu constituinte lhe comunicou sobre a pressão que sofria por um grupo de agentes alfandegários e por achar que era tentativa de extorsão, mais não fez que comunicar a ocorrência quem de direito, no caso o Gabinete Provincial de Combate à Corrupção

Fonte: Rádio Mocambique - 16.08.2011

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