Tal como em 2004, a esmagadora vitória da Frelimo está manchada por má conduta, discriminação, secretismo e confusão – que foram totalmente desnecessários. Os grupos de observadores internacionais mais profissionais, a União Europeia, a Commonwealth e a EISA, já fizeram fortes críticas.
Em artigos no interior deste Boletim, olhamos para a falta de imparcialidade e “level playing field”; obsessão pelo segredo e falta de transparência; e incompetência e confusões de legalidade e de procedimentos. Finalmente, observamos também o enchimento de urnas muito generalizado e invalidação de votos para a oposição afectando talvez 6% das mesas de voto. Embora não tenha sido significativamente pior do que em 2004, certamente não houve nenhuma melhoria, e as críticas feitas pelos observadores em 1999 e 2004 foram simplesmente repetidas.
Todos estes problemas lançam uma sombra sobre a enorme, e genuina, vitória da Frelimo e sobre a boa organização do dia das eleições e das contagens provisórias pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral, STAE.
Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique – Número 43 – 19 de Novembro de 2009
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