Calane da Silva é crítico quanto aos actuais manuais da 1ª e 2ª classes, recentemente elaborados no contexto da reforma curricular. Da análise que fez, concluiu que das 102 imagens que constam do manual de Portugês da 1ª classe, todas ilustram pessoas de raça negra, transmitindo nas crianças a ideia de que Moçambique é um país exclusivamente de negros. Um outro aspecto que Calane da Silva observa é ao facto de dos 43 textos que perfazem o manual de Português da 2ª classe, as personagens vergarem apenas nomes cristãos, deixando de fora os de origem islâmica e bantu, que também reflectem o mosaíco cultural e religioso moçambicano.
Fonte: O País online
5 comentários:
Certa análise, como disse noutro local, há que vermos também a questão de cidadãos de raça branca que não estão nas fileiras das FDM, PRM, etc...nem como serventes dos hospitais. Mas são moçambicanos.
Abraços
Caro Viriato Dias
Estou de acordo contigo e porque eu defendo que no exército e na Polícia da República de Moçambique, nos bancos e noutras instituições de relevo se observe a composicão étnica, cultural, religiosa do nosso grande Mocambique. Sou contra a construção de castas sociais. Entretanto, precisamos de analisar profundamente sobre quem é o culpado se isso não se verifica.
Por exemplo, sobre o exército, muitos o engrossam via SMO e ele é por lei que não discrimina. Há como se escapar usando a cor de pele? Se no tempo colonial ninguém escapou por essa via, porquê é possível agora?
Quanto ao ser servente, não sei se há quem deve determinar, mas entendo onde queres chegar e eu continuo a questionar-me sobre quem acha que um/a x que pediu uma vaga de servente e tem apenas habilitacões para isso, não lhe merece esse emprego por ter a pele de cor mais clara (porque é branca/o, indiana/a ou mistiça/o)?
Abraço
Poça que raio é isso?
Ainda problemas raciais no meu país?
Caramba isso dá-me uma raiva!!!!
Para quê isso?
Onde nos leva?
Não consigo encaixar isso.
Desculpem mas nem sei o que dizer sobre esta questão.
Saudações deste cantinho do Algarve!!!!
Cara Ana Paula
Infelizmente, mas factos muito interessantes sobre o racismo em Mocambique que merecem um estudo ou prosseguimento de estudos.
Se tiveres atencão em certos comentários na blogsfera mocambicana, notas como ele se manifesta e que essa forma (discursiva) serve de meios para se atingir um fim. Mas isso não basta para saber da sua prática.
A forma complexamente prática do racismo em Moçambique é verificável no terreno. Para combater o racismo em Moçambique é preciso explorar esta parte.
Portanto, penso que Calane da Silva começou bem.
Saudações
Racismo existe em toda a parte, mas os meus filhos dizem que sentem mais o racismo em Africa do que na Europa ou America. Eu tenho de concordar com eles... em Africa ainda temos um longo caminho a percorrer.
Maria Helena
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