Segundo o Jornal Notícias, o Presidente malawiano, Bingu Wa Mutharika, decidiu cancelar a sua viagem para Trindade e Tobago, onde deveria participar de hoje até domingo na cimeira de chefes de Estado e de Governo da Commonwealth, respeitando uma nova directiva do seu executivo que determina a redução do número de deslocações dos titulares ao estrangeiro. O Bingu Wa Mutharika tomou a decisão de assumir a liderança e dar o exemplo da nova política do Governo de reduzir as viagens ao estrangeiro.
A nova política de deslocações ao estrangeiro foi anunciada a 18 deste mês pelo secretário-chefe do Governo, Bright Msaka. O Presidente wa Mutharika instruiu todos os membros e funcionários do Governo para reduzirem o número de viagens ao estrangeiro para um máximo de seis por cada ano fiscal e cada deslocação não deverá exceder 14 dias.
As pessoas e organizações afectadas por esta nova directiva são os ministros e seus “vices”, todos os funcionários públicos, trabalhadores de companhias estatais, agências do Governo e todas as instituições ou organizações, cujo salário ou despesas provêm na totalidade ou parcialmente do Fundo Consolidado”, refere o comunicado.
5 comentários:
Esse eh um grande exemplo meu caro compatriota. Esperemos que Mocambique tome uma medida parecida. Embora tenha ficado claro que ha muito dinheiro neste country. Numa empresa apenas foram esbanjados milhoes e milhoes de Meticais que poderiam muito bem comprar viaturas para os bombeiros. Num Ministerio apenas foram desviados milhoes e milhoes de Meticais que podiam ser usados para contruir casas para jovens.
Acho que esses tipos de medidas são populistas, ineficazes e de dificil cumprimento.
Como é que vais limitar as viagens dum Ministro dos Negócios Estrangeiros ou das Finanças?
E se as instituições de Bretton woods chamarem-lhes mais que as vezes estipuladas pelo regulamento do Governo?
1.Normalmente as entidades que promovem os eventos custeam a passagem aerea e a estadia nos hoteis por eles escolhidos.
2. Acontece que a maior parte dos ministerios e os orgaos de soberania ( incluindo a AR) define nos seus regulamentos internos que os seus membros devem viajar em classe executiva e em voos acima de seis horas na primeira classe e uma tabela de ajuda de custos que normalmente nao e a mesma utilizada pelas entidades que convidam. O que sucede , no geral, e que o dirigente aceita a passagem e a hospedagem e a entidade nacional a que ele pertence faz o up grade do bilhete para a classe executiva e paga-lhe as ajudas de custos de acordo com a tabela nacional e para a referida categoria. Por exemplo ninguem sabe ate hoje qual e a tabela que o presidente da nossa Assembleia utiliza mas fala-se , nos corredores, de uma diaria de alguns milhares de dolares e este assunto nao e nada pacifico dada a ausencia de transparencia em todo este processo.
3. Penso que a iniciativa do Malawi e boa e poderia certamente ser adaptada para o nosso caso. Ou seja poderia definir-se um numero minimo de viagem que o dirigente poderia fazer por ano e a serem custeadas pelo Estado mocambicano mas nao se limitava o dirigente de aceitar os convites para participar nos eventos internacionais custeados pela entidade que convida e que nao acarreta custos ao Estado mocambicano ( caso queiramos).
4. Penso que e algo que depende de nos proprios e havendo vontade politica poderia-se experimentar.
Um abraco e espero ter dado o meu modesto contributo.
Caro Ismael Mussá
Muito obrigado pela tua contribuicão. Sem ela eu estaria, logo que tivesse tempo, a dar apenas uma opinião pessoal. Agora temos uma boa base para uma análise franca a pensar na nossa economia em particular.
Para os demais amigos, volto.
Abracos
Muito interessante a decisao do Presidente Malawiano!
Assim se faz já em muitos Países desenvolvidos
Há que rescindir gastos extras nos Estados.
Muitas vezes as delegaçoes sao extensas e desnecssária; ajudantes de campo etc etc.
Nem sempre as entidades que promovem os eventos custeam as passagens aéreas hoteis etc.
A maioria dos eventos Mundiais sao custeados pelos Estados ou subsidiados por organizçoes nacionais ou internacioanis,organismos de cooperaçao bilateral, empresas privadas, Municipios entre outros.
Nos países Nórdico por exemplo, o Estado financia as actividades das organizaçoes da sociedade civil e estas por sua vez podem utilizar fundos entre outras necessidades, participaçao dos seus membros em conferencia mundiais.
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