Algumas associações africanas lamentam, numa carta aberta hoje divulgada, que a sociedade civil do continente africano não participe oficialmente na cimeira EUA-África, que se realiza em Washington, entre os próximos dias 04 e 06.
Por essa razão, exigem, na missiva, que os Presidentes africanos convidados a participar na cimeira se comprometam a deixar a sociedade civil desenvolver-se no continente. Uma tónica particular é também colocada nos direitos e estatuto das mulheres.
“É lamentável que a sociedade civil não participe oficialmente na cimeira”, escrevem os signatários desta carta endereçada aos cerca de 50 chefes de Estado e de governo africanos que se reunirão em Washington com o Presidente norte-americano, Barack Obama.
“No mínimo, os líderes norte-americano e africanos deverão comprometer-se firmemente a criar espaço para a sociedade civil”, lê-se no documento redigido por 15 organizações nacionais e internacionais dos direitos humanos, como a Human Rights Watch, a Federação Internacional dos Direitos Humanos e associações de luta pelos direitos das mulheres do Malawi, de Moçambique ou do Zimbabué.
Os signatários lamentam que “o espaço dado à sociedade civil esteja a ser reduzido em muitos países”.
Diversos Estados africanos têm leis que limitam fortemente as possibilidades de acção dos grupos de defesa dos direitos humanos, como é o caso da Etiópia, da Guiné Equatorial ou do Sudão, sublinham os autores da missiva.
Quanto às mulheres, os signatários da carta aberta frisam que “de uma ponta a outra de África, as mulheres e as raparigas são ainda alvo de discriminação e de outras violações dos direitos humanos, no direito e nos costumes”.
Fonte: SAPO - 02.08.2014
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