O inquérito, realizado pela empresa sul-africana Panda, indica que mais de dois-terços da população jovem quer que Zuma abandone o poder, em resposta às alegações de que se beneficiou ilicitamente de milhões de Randes sul-africanos do erário público.
Num universo de 2.114 entrevistados, com idades compreendidas entre 18 e 34 anos, o estudo constatou que uma vez que a polémica preocupa a maioria dos sul-africanos, a melhor coisa a ser feita pelo Presidente seria demitir-se da liderança.
Thuli Madonsela, Prossecutora Pública sul-africana, revelou, num relatório sobre o escândalo, que foram usados 246 milhões de Randes para a melhoria do sistema de segurança na residência de Zuma.
Segundo Madonsela, Zuma e sua família beneficiaram de parte desse dinheiro por isso recomendou a sua restituição.
Pronunciando-se sobre a questão, a Igreja Católica da África do Sul descreveu de totalmente inaceitável a resposta dada pelo Presidente Zuma ao relatório de Madonsela, ao afirmar que só se pronunciará uma vez concluída uma outra investigação a ser feita, em Junho deste ano, pela Unidade de Investigação Especial sul-africana.
A igreja afirmou que a decisão do Presidente de não responder ao relatório, compromete o funcionamento das instituições judiciais e do parlamento sul-africanos.
Disse que a decisão, de esperar a conclusão da investigação, em vez de explicar o que realmente terá acontecido, é uma atitude inaceitável para o país.
'Zuma deve dizer agora a nação e não em Junho sobre como e quando vai restituir o dinheiro que ele beneficiou na construção de uma piscina e demais infra-estruturas, que nada têm a ver com a sua segurança.
A igreja também se expressou preocupada pela reivindicação feita por Zuma, segundo a qual não pediu a melhoria do sistema de segurança, pelo que não via motivo nenhum para restituir o dinheiro em causa.
Fonte AIM - 04.04.2014
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