Cerca de 12% dos jovens moçambicanos que sofrem de algum tipo de deficiência não têm acesso à Educação no país, tornando este grupo social cada vez mais vulnerável e isolado do resto da sociedade.
Estatísticas oficiais indicam que mais de metade da população moçambicana é constituída por jovens, dos quais 14% sofrem de algum tipo de deficiência genética e/ ou adquirida.
Do universo de pessoas com deficiência, somente 2% têm acesso à Educação, segundo Rui Maquene, da Handicap Moçambique, uma organização não governamental internacional activa no país, salientando que o Estado moçambicano está a “falhar” na estratégia de inclusão social.
Uma pessoa que sofre de deficiência e privada de educação “agrava o seu estado de pobreza e saúde físico-mental”, alerta Maquene, apontando o difícil acesso à infraestruturas públicas, mitos e tabús acerca das pessoas com deficiência como situações que pioram ainda mais a situação daquele grupo social no país.
Entretanto, Zaida Cabral, responsável pela área da Educação no Movimento Educação Para Todos (MEPT), organização civil de defesa dos direitos humanos, é da opinião de que o Estado deve apostar mais na disponibilização de mais escolas especiais para acomodar pessoas com deficiência. Moçambique ractificou, em 2011, a Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Fonte: @Verdade - 29.04.2014
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