A
CNE confirmou hoje de manhã, em conferência de imprensa, que está em curso a
deslocação das 9 brigadas que ainda se encontravam paralisadas no Distrito de
Gorongosa, para o recenseamento das populações das regiões afectadas pelo
conflito político-militar.
De
acordo com o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, esta decisão foi tomada a luz das
negociações entre o Governo e a Renamo ontem. As brigadas deveram avançar para
o terreno sem a escolta da Policia da República de Moçambique (PRM), sendo que
a segurança dos brigadistas e membros da CNE central que irão acompanhar este
processo deverá ser assegurada pelos homens Renamo. Igualmente, afirmou que os
brigadistas não irão pernoitar nestas regiões, isto é, no final do dia deverão
ser transportados para locais mais seguros.
Segundo Cuinica, os membros de CNE viajam hoje para Sofala e a sua constictuição obedece o princípio de paridade na afectação destes membros.
Os
locais onde as brigadas vão trabalhar são a Casa Banana, EPC de Vunduzi,
Nhataca, Chionde, Tsikiri, Mussikazi, Piro e Mukodza.
Este
arranjo deverá permitir que o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, e muitos
dos militares da Renamo se sintam seguros para recensear. Dhlakama deve ter um
cartão de eleitor, se quiser concorrer à Presidência.
Cuinica afirma que até ao momento não há perspetiva para o alargamento do período de recenseamento para estas regiões, sendo que para fazer face ao atraso registado, a CNE/STAE reforçaram a capacidade das brigadas em recursos humanos e materiais, mas não especificou este reforço em termos numéricos.
Na
mesma ocasião, Cuinica afirmou que a CNE está a analisar o pedido formulado
pala Renamo para prorrogação do período do recenseamento, não especificando a
data para o pronunciamento sobre o mesmo. As inscrições terminam terça-feira 29
de abril. No seu pedido a Renamo alegou que há regiões onde o recenseamento
começou tardiamente devido as chuvas, outras que foram muito afectadas pelas
constantes avarias do material de recenseamento e problemas com os geradores.
Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EN 16 - 24 de abril de 2014
Sem comentários:
Enviar um comentário