O músico moçambicano Gimo Abdul Remane Mendes está à procura de apoios para promover o seu mais recente álbum a solo no nosso país com o título genérico “Meló”, em emakua, e “amanhã”, ao mesmo tempo que pretende lançar em solo pátrio o seu terceiro disco intitulado “Raízes”.
Gimo Mendes, de seu nome artístico, e radicado na Dinamarca há vinte anos, é citado pelo jornal a Notícias a dizer que com o seu terceiro álbum a solo, “Raízes”, pretende “retornar” através da música às suas origens africanas e, particularmente, moçambicanas, que observa com um futuro carregado de optimismo.
“Raízes, porque pretendo pagar um tributo ao meu povo. É precisamente o discoRaízes que me leva a procurar apoios junto das pessoas interessadas em ajudar um projecto que, estando no estrangeiro, nunca virou a cara à terra que o viu nascer e crescer como músico”, explicou Mendes em declarações àquele matutino que se publica em Maputo.
Gimo Mendes, que é igualmente professor de música na Escola de Aarhus/World Music Center na cidade de Aarhus, na Dinamarca, diz que durante este tempo que está naquele país europeu tem dedicado parte da sua carreira artística promovendo a cultura e música moçambicanas.
Sem avançar detalhes do que será o disco “Raízes”, o entrevistado limitou-se a falar da promoção que está a fazer do álbum “Meló”, que lhe leva, segundo as suas palavras, às origens da terra que o viu nascer, a Ilha de Moçambique, num trabalho que considera produto que emana de um desenvolvimento natural das experiências por ele colhidas ao longo da sua carreira.
“Este novo trabalho surge como o culminar de uma viagem de retorno às minhas origens de ilhéu moçambicano, mas também às minhas origens africanas, por isso gostaria de partilhar este meu novo trabalho com o público moçambicano e deliciar os meus compatriotas com um excelente trabalho de qualidade artística”, promete Gimo Mendes.
Gimo Mendes revelou ao Notícias que é um dos músicos convidados pelo Governo para participar no Festival Nacional de Cultura que terá lugar em Inhambane.
Nesta nova digressão a Moçambique, segundo ele, nos concertos que irá realizar no país, o ex-líder dos Eyuphuro pretende actuar com os conceituados músicos Aly Faque e Zena Bacar que, por sinal, já actuaram em muitos palcos nacionais e no estrangeiro conjuntamente.
“Quero aproveitar esta abertura que o nosso Governo me proporciona de participar neste festival para, depois disso, visitar a província de Nampula, mais concretamente a cidade portuária de Nacala, para apresentar o meu novo trabalho discográfico a solo”, disse.
Importa referenciar que para o “Meló”, Abdul Remane Mendes, de seu nome de baptismo, conta com a participação de músicos e instrumentalistas sonantes na arena musical dinamarquesa, tais como Morten Skot, na guitarra clássica; Christian Kwella, guitarra solo; Crhistian Vuust, saxofone e clarinete; Rikke Hesselholt, nos coros; Stephane Nyanngou, celo; entre outros para além de Chico Matata percursionista convidado nas músicas Nelson Mandela e Mwaceta e o grupo coral das mulheres e artistas da Ilha de Moçambique.
Fonte: Rádio Moçambique - 05.04.2014
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