A EMATUM gere um valor de 500 milhões de dólares, contratados sob garantias do Estado
A empresa moçambicana ficou conhecida após um jornal francês publicar a assinatura de um acordo entre Moçambique e França
A EMATUM, polémica empresa criada pelo governo para pesca do atum, inicia operações ainda este ano, segundo revelou, sábado, em Sofala, o ministro das Pescas, Victor Borges. O governante explicou ainda que os órgãos sociais já foram indicados, mas disse que não cabe a si anunciar os nomes dos titulares.
Segundo o governante, a EMATUM será conduzida por um conselho de administração e um director operacional. “Uma coisa é certa: será ainda neste ano que a empresa vai entrar em funcionamento, e entre 8 a 11 das 23 embarcações que foram encomendadas no ano passado na França deverão chegar no país até finais de Junho próximo”, avançou.
O ministro acrescentou que decorrem, actualmente, trabalhos preparatórios para receber, armar e levar ao mar as embarcações que chegam em Junho.
“A EMATUM, em princípio, vai estar baseada em Maputo, e acredito que, dentro da sua estratégia, tudo será definido, uma vez que temos o porto da Beira e estamos a lutar para construir um novo porto em Nacala. Portanto, a expansão da EMATUM não vai depender do Ministério das Pescas, mas sim da sua direcção operacional”.
O ministro recordou que o atum é uma espécie migratória, daí que “vamos procurar obter licenças para ir lá onde o atum está, como os outros fazem, pois vêm às nossas águas quando o atum esta cá, e nós tentaremos ir às outras águas. Mas, se nem toda a frota poder lá ir (vai depender do licenciamento e das facilidades que os outros países nos concederão) esta frota da EMATUM estará preparada para realizar pesca à linha das espécies de profundidade”.
Importa referir que, de acordo com o ministro das Pescas, a pescaria do atum também será feita por empresas privadas nacionais. As estimativas apontam entre 15 a 19 barcos privados que irão operar ainda este ano, contra apenas um que existe actualmente. E a previsão é que o respectivo processamento ocorra no país.
Fonte: O País online - 14.04.2014
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