segunda-feira, abril 14, 2014

Partidos extra-parlamentares dizem que isenção aduaneira é de lei

Os partidos Ecologista, PIMO e PARENA defendem que o benefício de isenção aduaneira aos partidos políticos é de lei e entendem que a informação sobre um alegado esquema ilegal de venda de isenções tem fins eleitoralistas.
Recentemente, o Centro de Integridade Pública (CIP) denunciou a existência de um esquema ilegal de importação de viaturas, envolvendo partidos políticos sem lugar no Parlamento, funcionários das alfândegas e despachantes aduaneiros.
De acordo com a pesquisa, as viaturas são importadas em nome dos partidos e repassadas a terceiros. São citados no documento os seguintes partidos: PIMO, Ecologista Movimento Terra, Verdes, PARENA, MPD, UNAMO, partido Trabalhista, PANAMO e Partido Socialista.
O presidente do Partido Independente de Moçambique, Yacub Sibindy, acusou o CIP de parcialidade na investigação. Sibindy diz que o seu partido não foi ouvido pelos pesquisadores, o que, no seu entender, conduziu a investigação a conclusões erradas.
“O CIP, na sua investigação, não nos procurou, para ouvir o que tínhamos a dizer em relação a este caso. O que podemos dizer, neste momento, é que não concordamos com este tipo de abordagem e também não estamos preocupados com o que o CIP pensa de nós. O que nos move como partido é a nossa agenda comprometida com a população”, disse.
O PIMO, segundo o relatório da pesquisa, importou, em 2012, 35 viaturas, que mais tarde foram passadas a terceiros, num esquema de venda de isenções.
O Partido de Reconciliação Nacional (PARENA) também é visado pela pesquisa do CIP, onde é apontado que a formação política importou 120 viaturas. O seu presidente prefere o silêncio: “Neste momento, não podemos pronunciar-nos, mas prometemos fazê-lo nos próximos dias, quando for necessário”, disse João Balate, presidente do PARENA.

Fonte: O País online - 14.04.2014

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