CARACAS (Reuters) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse no sábado estar orando pelo líder deposto da Líbia, Muammar Gaddafi, e também enviou uma mensagem de solidariedade ao presidente sírio, Bashar al-Assad, contra a "agressão ianque".
Chávez --que herdou o manto de Fidel Castro como o principal irritante de Washington na América Latina-- vê a onda de levantes no mundo árabe como uma desestabilização liderada pelo Ocidente e tem sido um aliado forte de Gaddafi.
"Os líbios estão resistindo à invasão e à agressão. Eu peço a Deus que proteja a vida de nosso irmão Muammar Gaddafi. Eles o estão caçando para matá-lo", disse.
"Ninguém sabe onde Gaddafi está, acho que ele foi para o deserto... para liderar a resistência. O que mais ele pode fazer?"
Com a aproximação da eleição presidencial na Venezuela em 2012, os opositores de Chávez criticam seu apoio aos homens fortes árabes --e sua amizade pessoal com Gaddafi-- como um sinal de tendências autoritárias.
Mas ele não se amedrontou e também mostrou apoio ao governo da Síria, que está combatendo protestos de rua que pedem a saída do presidente sírio, Bashar al-Assad.
"Eu falei ontem com o presidente da Síria, nosso irmão, o presidente Bashar al-Assad", disse Chávez em uma cerimônia televisionada para apresentar eletrodomésticos a baixo custo para os venezuelanos.
"Daqui enviamos nossa solidariedade ao povo sírio, ao presidente Bashar. Eles estão resistindo à agressão imperial, aos ataques do império ianque e de seus aliados europeus". (Buitrago e Andrew Cawthorne)
Fonte: Reuters.br - 02.10.2011
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